sábado, 30 de maio de 2009

HINO A PÃ:


HINO A PÃ
(por Master Therion, Aleister Crowley - versão Fernando Pessoa)

Vibra do cio sutil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa
(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artêmis, leve e estranha,
E a coxa branca, Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da àmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho exul
No bosque enredo, nos nás que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim
(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!
Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Á spide aguda, forte leão -
Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã! A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

DRAGÃO, O ESPÍRITO:


Para todos os efeitos explicativos, o Dragão resume em si toda a força criadora e destrutiva do Universo. Esta força, vezes chamada de Chi, é a junção da Deusa e seu Consorte, em êxtase Divino.

Desde tempos imemoriais, o Dragão tem sido o símbolo do poder espiritual em diversas culturas. Mesopotâmia, extremo oriente, Europa...

Para os sumerianos e babilônicos, o Dragão encarnou a figura arquetípica da Deusa Criadora, e também destruidora, chamada Tiamat.

Sendo o Dragão uma força absoluta e libertária, é óbvio que atraiu inúmeros inimigos. Na cultura celta era celebrado como a força ancestral e primitiva dos Deuses, a bandeira do Dragão era a Bandeira do Rei, um sinônimo de nobreza e honradez, levando ao surgimento de várias lendas. Na Heráldica o Dragão significa defesa da própria terra, a fúria com que o portador do brasão reagiria em caso de invasão. Para os chineses, o Dragão é ainda um componente de suas crenças, quer seja representando a intervenção divina, quer seja como um arauto de conhecimentos milenares, sorte, ou brincadeiras.

Esta força chamada Dragão, que ora é representada como um réptil alado ou não, é um traço presente tanto na natureza quanto na humanidade, onde se manifesta com rara freqüência e em poucos indivíduos. Quando um raio corta os céus, quando o mar se agita, um vulcão acorda, um furacão varre a terra, etc.

Na humanidade, apresenta-se como um ímpeto avassalador que leva ao extremo da existência. É como se a vida perdesse o sentido e então tudo renascesse, mais colorido, mais vívido, mais intenso. Um humano que abriga um Dragão dentro de sua alma não passa desapercebido, pois sua presença pode incomodar, tal a violência de sua vibração, no sentido de intensidade e inconstância. É um ser de extremos, de emoções intensas, de atitudes radicais e instantâneas. Se você não agradar um Dragão à primeira vista, jamais o fará. Conviver com um humano-dragão é tão difícil quanto se expor à fúria de um vendaval. É preciso paciência e determinação se quiser extrair o que há de melhor nele.

À primeira vista, o dragão humano pode parecer extremamente sedutor, a vivacidade que brota de suas palavras e do seu olhar encanta, fazendo qualquer um crer que ele é capaz de tudo que desejar. Ou pode mesmo parecer um ser muito tosco, insensível e desagradável. Mas se ao invés de querer agarrar esse dragão como se fosse um troféu para exibir em sua parede, tiver a gentileza de deixá-lo livre, desfrutando apenas de suas habilidades ígneas, ele será sempre uma fonte de energia vital e elemental. A força do Dragão reside na liberdade. É a liberdade que alimenta suas chamas, que endurece suas escamas, que faz suas asas alçarem vôos.

A pessoa que convive, ou que conheceu, um dragão-humano pode atestar a veracidade destas observações. Sabem que é ótimo para emprestar o entusiasmo que lhe falta para começar aquele projeto, tomar aquela atitude, fazer tal escolha. Mas que é incapaz de fazer algo em benefício próprio, a não ser que encontre alguém que saiba como acalmar a furiosa tempestade que vive em um dragão, e a transforme em chuva que rega o campo fértil sem danificá-lo. A imagem que temos dele, um animal grotesco, porém majestoso, assustador e ao mesmo tempo inebriante é uma metáfora perfeita para descrever a natureza de sua psique controversa.

O Dragão, tanto o mítico como o arquétipo psicológico, evoca força, selvageria, nobreza, magia, momentos decisivos. É importante observar que o que parece à primeira instância um rugido mal educado pode ser apenas um modo draconiano de dizer que ele se preocupa com você (coisa rara) e que está ciente de suas necessidades. Requintes intelectuais não são freqüentes em Dragões, pois seu instinto vale mais que mil conjecturas.

Passando para o plano da magia, o Dragão assume o papel de energia catalisadora e ampliadora de qualquer intenção mágica. Sendo uma fonte permanente de mana, é de muita utilidade em feitiços que necessitam de resposta rápida.

Para se conseguir a sintonia de um Dragão é preciso que se torne um deles, pelo simples motivo que os seres draconianos não se afinizam com os ideais humanos, tornando-se arredios a qualquer tentativa de serem usados como meros fazedores de milagres ou babás de caprichos humanos. Tornando-se um Dragão, o humano passa a vibrar em uma sintonia onde a futilidade e o ostracismo não são perceptíveis, envolvendo-se, quase que por uma compulsão, em tarefas que exigem muito desprendimento e espírito altaneiro.

É muito comum que bruxas e bruxos pratiquem a dragon-magick, pois ela foi desenvolvida por bruxas para bruxas. Pela afinidade espiritual e ideológica, bruxas e dragões são parceiros formidáveis em batalhas mágicas, desenvolvimento espiritual e sensorial.

Não importa se a imagem dos Dragões chega aos nossos dias carregada de equívocos, superstições, adaptações ou ignorância. O importante é que eles são reais se os compreendermos da maneira adequada, que vivem normalmente entre humanos e nuvens, e que estão longe, muito longe de serem uma lenda.

JUDAÍSMO:


O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três pilares: na Torá, nas Boas Ações e na Adoração. Por ser uma religião que supervaloriza a moralidade, grande parte de seus preceitos baseia-se na recomendação de costumes e comportamentos "retos".

O Deus apresentado pelo Judaísmo é uma entidade viva, vibrante, transcendente, onipotente e justa. Entre os homens, por sua vez, existem laços fraternos, e o dever do ser humano consiste em "praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente nas sendas divinas".

A prática da religião está presente no dia-a-dia do judeu. Ela se estende até sua alimentação, que deve ser kosher, ou seja, livre de comidas impuras (certas carnes, como a suína, entre outras substâncias, não são permitidas). Outro hábito arraigado é a observação do Shabat, o dia do descanso, que se estende do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado, e que é celebrado com rezas, leituras e liturgias na Sinagoga, o templo judaico.

Em essência, o Judaísmo ensina que a vida é uma dádiva de Deus e, por isso, devemos nos esforçar para fazer dela o melhor possível, usando todos os talentos que o Criador nos concedeu.

As escrituras sagradas, as leis, as profecias e as tradições judaicas remontam a aproximadamente 3 500 anos de vida espiritual. A Torá, que também é conhecida como Pentateuco, corresponde aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento bíblico (os outros dois são Salmos e Profecias). O Talmud é uma coleção de leis que inclui o Mishná, compilação em hebraico das leis orais, e o Gemará, comentários dessas leis, feitos pelos rabinos, em aramaico.

Subdivisões do Judaísmo

Judaísmo Conservador

Esta corrente defende a idéia de que o Judaísmo resulta do desenvolvimento da cultura de um povo que podia assimilar as influências de outras civilizações, sem, no entanto, perder suas características próprias. Assim, o Judaísmo Conservador não admite modificações profundas na essência de suas liturgias e crenças, mas permite a adaptação de alguns hábitos, conforme a necessidade do fiel.

Judaísmo Ortodoxo

Corrente que se caracteriza pela observação rigorosa dos costumes e rituais em sua forma mais tradicional, segundo as regras estabelecidas pelas leis escritas e na forma oral. É a mais radical das vertentes judaicas.

Judaísmo Reformista

O Movimento Reformista defende a introdução de novos conceitos e idéias nas práticas judaicas, com o objetivo de adaptá-las ao momento atual. Para esta corrente, a missão do judeu é espiritualizar o gênero humano - a partir deste ponto de vista, torna-se obsoleto qualquer preceito que vise separar o judeu de seu próximo, independentemente de crença ou nação.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

AS 25 INCRÍVEIS CARTAS TATTWA:














AS "TATTWAS-MÃES": TEJAS, PRITHIVI, APAS, VAYU e AKASA



A Golden Dawn costumava empregar as cores (dizem que com muito sucesso) como “chaves para abrir os portais da mente”. Para tal costumavam usar os “Tattwas”, figuras geométricas utilizadas também em algumas escolas tântricas indianas para simbolizar os elementos TERRA, AR, ÁGUA, FOGO e AKASA; este último termo traduzido como “Espírito”, embora pareça ter mais em comum com a chamada “LUZ ASTRAL” de Lévi, do que com a tradução usual do Ocidente para a palavra “Espírito”.

Os TATTWAS são cinco e costumam ser representados sempre do mesmo jeito. TEJAS, o “fogo” é figurado por um triângulo eqüilátero vermelho. PRITHIVI, a “terra”, por um quadrado amarelo, APAS, a água, por uma meia lua prateada em posição horizontal, VAYU, o ar, por um círculo verde azulado. Contudo, AKASA, a “luz astral” ou “espírito”, tem a forma oval, cor de violeta escuro.




A partir destes cinco “Tattwas-Mães”, se formam outros vinte Tattwas secundários. Para tanto, basta acrescentar-se a cada “tattwa-mãe” uma versão reduzida de um dos outros quatro.
Por exemplo, o “PRITHIVI de TEJAS”, o aspecto terrenal do fogo, estaria representado por um grande triângulo eqüilátero vermelho, com um pequeno quadrado amarelo central.

PRITHIVI DE TEJAS

Por analogia, já o aspecto fogoso da terra, o TEJAS de PRITHIVI, seria, por sua vez, representado por um grande quadrado amarelo, guardando em seu centro um pequeno triângulo vermelho.




Um dos primeiros exercícios de um antigo membro da Golden Dawn seria exatamente preparar suas próprias cartas Tattwa, as cinco principais e as vinte secundárias. Depois, escolhia uma delas para sua primeira experiência de projeção astral. Então, ele olhava fixamente a carta escolhida até que qualquer outro fator desaparecesse da sua consciência. Atingido este limiar (parece simples , mas exige bastante treinamento) ele fazia uso de sua “imaginação mágica” e transformava a carta numa ampla porta, às vezes descrita como “uma cortina bordada”. Neste ponto, ele usando da sua VONTADE, abria a “porta” para poder “atravessá-la” e experimentava uma “visão astral”.

Entretanto, se quisermos usar termos mais modernos, diremos que ele experimentava uma "alucinação controlada" (e muito enriquecedora), terapêutica e psicologicamente significativa.

Convém acrescentar, que aqueles que experimentaram estas visões asseguram que:

• A natureza da visão experimentada apresenta autêntica relação com o símbolo empregado. Por exemplo, utilizando-se um Tattwa da água (APAS), costuma-se vivenciar uma visão “aquática”.

• Quanto mais se usa esta técnica, mais reais tornam-se as “visões”. “No início — relata o novelista J.W. Brodie-Innes em manuscrito da Golden Dawn dedicado à visão Tattwa — é como se tudo o que se percebe não fosse mais do que um produto da imaginação, composto a base de fragmentos de recordações, idéias alheias encontradas em livros, ilustrações, etc., para elaborar com tudo isto uma imagem conjunta. Mas, ao adquirir maior experiência, logo compreendemos que este “novo país”, do qual adquirimos consciência, possui suas próprias “leis naturais”, como as do mundo material. Ou seja: não se pode criar ou destruir a “visão da vontade”.As mesmas causas produzem os mesmos resultados e acabamos reparando que não somos mais que meros expectadores e, de modo algum, um criador.”

O emprego dos símbolos Tattwa era o primeiro passo do adepto na exploração astral. Só uma vez dominados, começava a usar símbolos mais complexos: os 22 Arcanos Maiores do tarot, desenhados pela ordem, os selos? figuras geométricas? que os grimórios atribuíam a diversos espíritos e , por último, as “pirâmides enoquianas”, uma adaptação de McGregor Mathers da magia enoquiana de Dee ( que deveriam ser invocadas, segundo John Dee, por meio de uma “linguagem” especial, que lhe teria sido fornecida pelos “anjos”.

Contudo, você também poderá preparar suas cartas Tattwa, usando o mesmo sistema de cores. Basta algum cuidado e mão firme, folhas de papel cartão nas cores indicadas, régua, esquadros, um lápis, uma tesoura afiada e cola branca. Pronto.Ficará perfeito.

E então? Você tem ou não tem coragem de experimentar?

terça-feira, 26 de maio de 2009

GRANDE LOJA ARQUITETOS DE AQUÁRIO:





A GLADA - Grande Loja Arquitetos de Aquário - é uma Ordem Maçônica regular, legítima, independente, soberana, moderna e reconhecida internacionalmente, que admite, em igualdade de condições, homens e mulheres dispostos a construir a sociedade do Terceiro Milênio dentro dos ideais da Maçonaria Universal.
É uma Entidade iniciática, filosófica, cultural, filantrópica e sem fins lucrativos.


A Grande Loja Arquitetos de Aquário trabalha, obrigatóriamente nos Ritos Modernos, ou Francês do 1 ao 10º e Rito Escocês Antigo e Aceito, do 1 ao 33º Grau, possuindo seu próprio Supremo Conselho, reconhecido e com Carta Patente expedida pela Grande Loja da Itália, cujo Supremo Conselho do Grau 33 é um dos mais antigos do mundo, fundado em Milão a 4 de abril de 1805.
Faz parte, desde 1993, da União Maçônica Internacional CATENA, entidade que congrega Potências Maçônicas Mistas em 4 Continentes. E desde 2005 é membro ativo e reconhecido do CLIPSAS – Centro de Ligação e Informação das Potências Signatárias do Apelo de Strasburgo, a maior organização de Maçonaria Liberal do Mundo, fundada em 1961.
Possui 21 Lojas ativas no Brasil

7 em São Paulo
2 em Curitiba
1 na Lapa (Paraná)
1 em Itajaí (Santa Catarina)
2 em Goiânia
1 em São Vicente
1 em Ribeirão Preto (São Paulo)
1 em Ipatinga (Minas Gerais)
4 em Quito e 1 em Cuenca (Equador)
4 em formação (Alvorada n°22 em Brasília (DF), Loja Olho de Horus n°35 em Picos (PI), Loja Ciência e Arte n°33 em Tremembé (SP) e Loja Semente de Luz n°31 em Xanxerê (SC). Em João Pessoa (PB) está em formação um Triângulo.




FUNDAÇÃO E FILIAÇÃO DE LOJAS:
Nas cidades onde não exista ainda uma Loja da GLADA – e não havendo na localidade pelo menos 7 Mestres Maçons que queiram e possam participar do projeto – é possível fundar uma Loja nova, obedecendo os seguintes passosAlguém da cidade em questão (maçom ou não) é escolhido como responsável, e se encarrega de reunir um certo número de pessoas interessadas em ingressar na Ordem. É conveniente que o grupo tenha pelo menos 8 pessoas. Pode-se providenciar com antecedência uma nota na imprensa ou rádio local, e a distribuição de alguns folhetos. Esposas e filhas de maçons naturalmente podem ser convidadas. A idade mínima para ser admitido é 21 anos. Lowtons (filhos de Maçons) podem ser iniciados com 18 anos e são liberados da Taxa de Iniciação.
Marca-se uma data (de preferência num Sábado) para reunir o grupo num local -- que pode ser na residência de alguém, numa sala comercial, auditório público, ou até numa sala de convenções de um hotel, conforme as disponibilidades e o número de interessados. A reunião não deve envolver custos elevados e o ingresso será livre a toda pessoa que aí desejar comparecer.
Na data e horário escolhido, e de comum acordo com a sede central da GLADA, um representante (ou todo um grupo de Mestres Maçons) da mesma irá até o local para proferir uma palestra sobre a Ordem, seus propósitos, um pouco da sua história e seus projetos. Responderá a perguntas e esclarecerá dúvidas que surjam na ocasião, explicando os procedimentos necessários para o ingresso, as possíveis dificuldades que o grupo irá enfrentar por motivo da distância, dos custos, da falta de um local apropriado para instalar a Loja, etc. Em seguida distribuirá aos presentes folhetos ilustrativos da GLADA, contendo basicamente informações sobre sua origem, Princípios Normativos, realizações, etc., e Propostas de Admissão.
Se houver no mesmo dia Propostas já preenchidas, elas serão recolhidas e avaliadas, e, se possível, já se procederão às entrevistas com os Candidatos. Não haverá burocracia desnecessária, porém, os Candidatos deverão preencher os requisitos que são de praxe na Maçonaria em qualquer parte do mundo. Por outro lado, serão obedecidas, é claro, as normas próprias e peculiares da GLADA. Nenhum candidato será admitido sem prévia sindicância, o que é de costume em qualquer Loja regular do mundo.
Se a cidade estiver localizada em ponto demasiado distante de São Paulo ou de outra cidade-sede da GLADA, envolvendo, portanto, altos custos de deslocamento e viagens, pode-se estudar a possibilidade de permanecer aí alguns dias, de forma a dar tempo de já proceder à Iniciação dos Candidatos existentes e ministrar-lhes as primeiras Instruções, deixando também as necessárias informações para a fundação da nova Loja, seus Estatutos-padrão, as obrigações fiscais e legais junto aos órgãos de Governo, normas para a escolha de um local de reuniões e os objetos e móveis indispensáveis para o início dos trabalhos maçônicos.
Em havendo a disponibilidade de 7 Mestres Maçons na ocasião, a Loja pode eventualmente já ser fundada no local, segundo os preceitos da GLADA, e passar, a partir de então, a funcionar em dependências provisórias durante algum tempo. Estatutos, Rituais, Constituição, Regulamentos e normas gerais da GLADA serão fornecidos e explicados adequadamente.
Antes de partir, o grupo-fundador enviado pelo Poder Central da GLADA deixará estipulado um calendário de visitas subseqüentes, a fim de prosseguir nas Instruções, reunir novos Candidatos e preparar os Aprendizes já instruídos para receberem os graus de Companheiro e de Mestre, assim que cumprirem os quesitos de praxe.
Cumpridas algumas formalidades, será fornecida à nova Loja uma Carta Constitutiva Provisória (documento que habilita uma Loja para operar, obedecendo às normas da Potência Maçônica) e um número de registro.
Uma assistência direta e constante será dada à nova Loja até que ela possa caminhar por suas próprias forças.
Existindo já na localidade um grupo de pelo menos 7 Mestres Maçons dispostos a participar da fundação de uma nova Loja federada à GLADA, a fundação pode ocorrer quase de imediato (seguindo os procedimentos e ritos habituais na GLADA) e a iniciação de Candidatos pode começar assim que se tenha local apropriado para as reuniões.
O Poder Central da GLADA decidirá, de comum acordo com o grupo de Mestres local, a forma mais conveniente de proceder; a visita de um representante pode ser agendada para dar previamente ao grupo uma palestra de esclarecimento dos propósitos da GLADA, seus projetos de trabalho, sua filosofia e princípios normativos. Uma outra reunião separada pode ser programada também, esta dirigida aos possíveis candidatos à iniciação. A divulgação do evento ficará a cargo do grupo local de maçons e candidatos.
Após estas preliminares, uma vez fundada a Loja, e havendo local para a Iniciação, se marcará data para que uma equipe da GLADA compareça à localidade, e assim, ajudada pelos Mestres da própria cidade, começar os Trabalhos da Loja, iniciando já o primeiro grupo de candidatos.
Caso exista no local uma Loja independente que deseje federar-se à GLADA, basta solicitar filiação por meio de uma prancha, dirigida ao Grão Mestrado. São enviados à Loja os Estatutos-padrão da GLADA, que passarão a reger a Loja. Uma Ata fará constar a decisão dos obreiros da Loja de filiar-se à GLADA, assinada por todos; na mesma Ata constarão os nomes da Diretoria da Loja e seus cargos, dia da semana e horário escolhidos para as reuniões, periodicidade, etc. Ata e Estatutos serão levados ao Cartório local para registro, cumprindo as exigências legais normais em todo Município do Brasil quando da constituição de uma entidade.
Cumpridas algumas formalidades, a Loja receberá uma Carta Constitutiva Provisória e um número de Registro. Um representante da GLADA poderá a partir daí fazer algumas visitas, a fim de esclarecer pontos em dúvida sobre Rituais, instruções, procedimentos, etc., enquanto isso seja necessário.

Filiação e Ingresso

Deseja ingressar na Glada?
entre em contato através do nosso formulário!
Filiação
Maçons placetados ou adormecidos podem filiar-se à GLADA, solicitando Proposta de Filiação / Regularização, mediante carta dirigida à Gr:.Secretaria, no escritório central.
A Proposta preenchida deverá ser acompanhada de cópia de qualquer um dos documentos maçônicos de praxe: Certificado de Grau (para Aprendizes e Companheiros), Quite-Placet ou Diploma de Mestre (para Mestres), Carteira de Identidade Maçônica ou Passaporte Maçônico, anexando 3 fotos 3x4 recentes, cópia de RG, cópia de CPF, cópia de documento que comprove residência, Emolumentos no valor de R$ 200,00 (Taxa dispensada no caso de Loja nova).
Como Ingressar
Candidatos que desejem ser admitidos na GLADA devem obedecer o seguinte processo:
Escrever ou telefonar para o escritório central, ou enviar e-mail, solicitando Proposta de Admissão, fazendo constar seu endereço postal convencional.
Devolver a Proposta preenchida, anexando cópia do RG, cópia do CPF, cópia de documento que comprove residência, Taxa de Iniciação no valor de R$ 750,00, em cheque cruzado e nominal à Grande Loja Arquitetos de Aquário, e 4 fotos 3x4 recentes. Tudo mediante carta registrada. Esta Taxa vigora por tempo determinado e pode ser alterada, dividida em parcelas ou reduzida, dependendo para isto de prévia combinação com a pessoa contactada e aprovação pelo Grão-Mestrado.
Aguardar contato para marcar entrevista pessoal.
A Proposta, assim como o resultado da entrevista, serão avaliados pela Loja, e, sendo aprovados, o Candidato receberá comunicado sobre a data de sua Cerimônia de Iniciação.
Caso o Candidato não seja aprovado, sua Taxa será restituída.
Sempre que possível, indicar o nome, endereço e telefone de um Maçom que conheça o Candidato e possa fornecer referências.
Nenhum candidato será admitido sem prévia sindicância, como é de praxe na Maçonaria no mundo inteiro.
Candidatos residentes em locais onde não existe ainda Loja da GLADA terão seu caso resolvido individualmente, sob consulta da Sede Central.
Recomenda-se ao Candidato, como leitura prévia, As Chaves do Reino Interno - do erudito Irmão Jorge Adoum (Ed. Pensamento) e de Conhecendo o que é a Maçonaria, do Ir:. Lutfala Salomão.

Escritório central da GLADA e endereço para toda e qualquer correspondência:
Rua 24 de Maio, 35, 5º andar, sala 504
CEP 01041-001 - São Paulo - Brasil
Telefax (11) 3112-1039 e 6204-2540.
Tel. (11) 3361-5776 (expediente das 15 às 18 horas)

Sede e Templo em São Paulo:
R. Santo Antônio, 1219 - 1º andar - Bairro Bela Vista


Grã-Mestra atual : VERA FACCIOLLO


Grande Secretária de Relações Interiores: Maria Helena Campanha Lima





Alvorada Juvenil do Terceiro Milênio

Preâmbulo
A ALVORADA JUVENIL DO TERCEIRO MILÊNIO é uma instituição civil, educativa, sem fins lucrativos e tem por objetivo congregar jovens de ambos os sexos, em igualdade de condições, com a idade de 14 a 20 anos, sem distinção de raça, cor, região, religião, filosofia, agremiação política ou condição social; ministrando-lhes ensinamentos de cunho moral, cívico, filosófico, científico, cultural e político apartidário.


Procura desenvolver nos jovens valores éticos e comportamentais como: responsabilidade, disciplina, senso crítico, discrição, postura democrática, desembaraço, sentido de liderança, ecumenismo, universalismo de pensamento, força de vontade, respeito ao mérito alheio, liberdade de consciência, desejo de auto-aperfeiçoamento, preocupação com o meio ambiente e também a busca da verdade, o amor ao estudo e ao trabalho sob todas as suas formas.


Utiliza símbolos, alegorias e cerimônias teatrais, audio-visuais ou ritualísticas, através das quais transmite ensinamentos compatíveis com a idade, preparo e maturidade dos jovens filiados. Para conseguir estes objetivos, divide seus ensinamentos em graus ou etapas de conhecimentos essenciais, com o seguinte esquema:

GRAUS: TEMA:

PRIMEIRO GRAU: (NEÓFITO) - A HERANÇA DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
SEGUNDO GRAU: (DISCÍPULO) - AS REALIZAÇÕES DA HUMANIDADE ATUAL
TERCEIRO GRAU: (LIDER) - CONSTRUTORES DO FUTURO

segunda-feira, 25 de maio de 2009

OBJETOS SIMBÓLICOS SAGRADOS:






Símbolos, amuletos, e talismãs são objetos de proteção, de força, ao qual se atribui um poder místico que estão ligados com sua forma e a simbologia que os mesmo representam

O punhal, o violino, o pandeiro, o leque, o xale, as medalhas e as fitas coloridas; o coral, o âmbar, o ônix, o abalone, a concha marinha (Vieira), o hipocampo (cavalo-marinho), a coruja (mocho), o cavalo, o cachorro, o galo e o lobo são símbolos sagrados para o Povo Cigano.

A verbena, a sálvia, o ópio, o sândalo e algumas resinas extraídas das cascas das árvores sagradas, são ingredientes indispensáveis na manufatura caseira de incensos, velas e sais de banho, mesclados com essências de aromas inebriantes e simplesmente usados nas abluções do dia-a-dia, nos contatos sociais e comerciais, nos encontros amorosos e principalmente nos ritos iniciáticos, de uma forma sensível e absolutamente mágica, conferindo grandes poderes.



ÂNCORA
Simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano físico, financeiro, e para se livrar de perdas materiais.


CHAVE
Simboliza as soluções. É usado para atrair boas soluções de problemas. O símbolo da chave quando trabalhado no fogo costuma atrair sucesso e riquezas.


CORUJA
Simboliza "o ver a totalidade". É usado para ampliar a percepção com a sabedoria possibilitando ver à totalidade: o consciente e o inconsciente.





ESTRELA DE 5 PONTAS
Pentagrama (estrela de 5 pontas) simboliza o Homem Integral (de braços e pernas abetos) interagindo em perfeita harmonia com a plenitude da existência.
Simboliza evolução. É usado para proteção, além de estar associada à intuição, sorte e êxito. A estrela representa o domínio dos cincos sentidos. Também conhecida como o Pentagrama.



ESTRELA DE 6 PONTAS
Simboliza proteção. É usado como talismã de proteção contra inimigos visíveis e invisíveis. Também conhecida como Estrela Cigana e Estrela de David. A Estrela Cigana é o símbolo dos grandes chefes ciganos. Possui seis pontas, formando dois triângulos iguais, que indicam a igualdade entre o que está à cima e o que está a baixo. Representa sucesso e evolução interior.



FERRADURA
Simboliza energia e sorte. É usado para atrair energia positiva e boa sorte. A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como um poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta a má sorte.


LUA
Simboliza a magia e os mistérios. A lua é usada geralmente pelas ciganas, para atrair percepção, o poder feminino, a cura e o exorcismo atentando sempre as fases: nova, crescente, cheia e minguante. A lua cheia é o maior elo de ligação com o sagrado, sendo chamada de madrinha. As grandes festas sempre acontecem nas noites de lua cheia.


MOEDA
Simboliza proteção e prosperidade. É usado contra energias negativas e para atrair dinheiro. A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada às riquezas materiais e espirituais, que é representada pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual.


PUNHAL
Simboliza a força, o poder, vitória e superação. É muito usado nos rituais de magia, tem o poder de transmutar energias. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, um dos grandes símbolos de superação e pioneirismo, além da roda. O punhal também é usado na cerimônia cigana de noivado e casamento, onde é feito um corte nos pulsos dos noivos, em seguida os pulsos são amarrados em um lenço vermelho, representando a união de duas vidas em uma só.


RODA
O grande símbolo geométrico do Povo Cigano é o Círculo Raiado (representando a roda da carroça que gira pelas estradas da vida) provando a não linearidade do tempo e do espaço.

Simboliza a Samsara, representando o ir e vir, o circular, o passar por diversos estados, o ciclo da vida, morte e renascimento, e é usado para atrair a grande consciência, a evolução, o equilíbrio. É o grande símbolo cigano, e é representado pela roda dos vurdón que gira.

Samsara (sânscrito) - Literalmente significa "viajando". O ciclo de existências, uma sucessão de renascimentos que um ser segue através de vários modos de existências até que alcance da liberação.
Vurdón (romanês ou romani - dialeto cigano) - Significa "carroção".



TAÇA

Simboliza união e receptividade, pois qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão eterna.



TREVO

É o símbolo mais tradicional de boa sorte. Trevo de quatro folhas: traz felicidade e fortuna. Quando se encontra um trevo de quatro folhas na natureza, podem-se esperar sempre boas notícias.



O maior axioma do Povo Cigano diz simplesmente: "A sabedoria é como uma flor, de onde a abelha faz o mel e a aranha faz o veneno, cada uma de acordo com a sua própria natureza".

A HISTÓRIA DO POVO CIGANO:


O fato do Povo Cigano não ter, até os dias atuais, uma linguagem escrita, fica quase impossível definir sua verdadeira origem. Portanto, tudo o que se disser a respeito de sua origem está largamente baseado em conjecturas, similaridades ou suposições.

A hipótese mais aceita é que o Povo Cigano teve seu berço na civilização da Índia antiga, num tempo que também se supõe, como muito antigo, talvez dois ou três milênios antes de Cristo. Compara-se o sânscrito, que era escrito e falado na Índia (um dos mais antigos idiomas do mundo), com o idioma falado pelos ciganos e encontraram um sem-número de palavras com o mesmo significado. E assim, os Ciganos são chamados de "povos das estrelas" e dizem que apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send e de onde foram expulsos por invasores árabes.

Outros pontos também colaboram para que esta hipótese seja reforçada, como a tez morena comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas, e princípios religiosos como a crença na reencarnação e na existência de um Deus Pai e Absoluto. E com respeito à suas crenças, tanto para os hindus como para os ciganos, a religiosidade é muito forte e norteia muito de seu comportamento, impondo normas e fundamentos importantes, que devem ser respeitados e obedecidos.

Depois de vagarem pelas Terras do Oriente, os ciganos invadiram o Ocidente e espalharam-se por todo o mundo. Essa invasão foi uma das únicas na história da humanidade que foi feita sem guerras, dor ou derramamento de sangue. O que não se sabe ainda é se esses eternos viajantes pertenciam a uma casta inferior dentro da hierarquia indiana (os parias) ou de uma casta aristocrática e militar, os orgulhosos (rajputs). Independente de qual fosse seu status, a partir do êxodo pelo Oriente, os ciganos se dedicaram com exclusividade a atividades itinerantes: como ferreiros, domadores, criadores e vendedores de cavalo, saltimbancos, comerciantes de miudeza e o melhor de suas qualidades que era a arte divinatória. Viajavam sempre em grandes carroças coloridas e criaram nomes poéticos para si mesmos.

No primeiro milênio d.C., deixaram o país e se dividiram em dois ramos: o Pechen que atingiu a Europa através da Grécia; e o Beni que chegou até a Síria, o Egito e a Palestina. Existem vários clãs ciganos: o Kalê (da Península Ibérica); o Hoharano (da Turquia); o Matchuaiya (da Iugoslávia); o Moldovan (da Rússia) e o Kalderash (da Romênia). São mais de 15 milhões de ciganos em diferentes pontos da Europa, Ásia, África, América, Austrália e Nova Zelândia. Quase sempre os ciganos eram bem recebidos nos países onde chegavam. Os chefes das tribos apresentavam-se de forma pomposa, como príncipes, duques e condes (títulos, aliás inexistentes entre os ciganos). Diziam-se peregrinos cristãos vindos do Egito e, assim obtinham licença das autoridades locais para se instalarem.

Ao contrário do que muitos pensam, o Povo Cigano é que foi perseguido, julgado e expulso ao longo do seu pacífico caminhar. Na Moldávia e na Valáquia (atual Romênia), os ciganos foram escravizados durante trezentos anos; na Albânia e na Grécia pagavam impostos mais altos. Na Alemanha, crianças ciganas eram tiradas dos pais com a desculpa de que "iriam estudar", enquanto a Polônia, a Dinamarca e a Áustria puniam com severidade quem os acolhesse. Nos países baixos inúmeros ciganos foram condenados à forca e seus filhos obrigados a assistir à execução dos pais para que assim aprendessem a "lição de moral". Apenas no país de Gales eles tiveram espaço para manter parte das suas tradições e a língua.

Os ciganos chegados em Andaluzia no séc. XV vieram do norte da Índia, da região do Sind (atual Paquistão), fugindo das guerras e dos invasores estrangeiros (inclusive de Tamerian, descendente de Gengis Khan) eles encontraram facilidades e estabeleceram-se. Mesmo assim, durante a inquisição católica, vários deles foram expulsos pelos tribunais do Santo Ofício. . As tribos do Sind se mudaram para o Egito e depois para a Checoslováquia, Rússia, Hungria e Polônia, Balcãs e Itália, França e Espanha. Seus nomes se latinizaram (de Sindel para Miguel; de András para André; de Pamuel para Manuel, etc.). O primeiro documento data a entrada dos ciganos na Espanha em 1447. Esse grupo se chamava a si mesmo de "ruma calk" (que significa homem dos tempos) e falavam o Caló (um dialeto indiano oriundo da região do Maharata). Eles trouxeram a música, a dança, as palmas, as batidas dos pés e o ritmo quente do "flamenco", tanto que essa palavra vem do árabe "felco" (camponês) e "mengu" (fugitivo) e passou a ser sinônimo de "cigano andaluz" à partir do séc. XVIII.

Porém de acordo com a Tradição Cigana, a teoria mais freqüente sobre a origem do Povo Cigano, é que após um período de adaptação neste planeta, os ciganos teriam surgido do interior da Terra e esperam que um dia possam regressar ao seu lar. Existem lendas que falam que os ciganos seriam filhos da primeira mulher de Adão, Lilith, e, portanto, livres do pecado original) e por isso eles não aceitam de modo algum ser empregados dos "gadjé" (não-ciganos) e apegam-se a antigas profissões artesanais que caracterizam suas tribos e são ensinadas desde cedo às crianças.



O Povo Cigano é guardião da LIBERDADE. Seu grande lema é: "O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas. A vida é uma grande estrada, a alma é uma pequena carroça e a Divindade é o Carroceiro.

Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vagabundos, os ciganos tornaram-se um espelho onde os homens das grandes cidades e de pequenos corações expiaram suas raivas, frustrações e sonhos de liberdade destruídos. Pacientemente, este povo diferenciado, continuou sua marcha e até hoje seus estigmas não sararam.

Na verdade cigano que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos. A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino.

A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.

Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema.

O líder de cada grupo cigano, chama-se Barô/Gagú e é quem preside a Kris Romanis (Conselho de Sentença ou grande tribunal do povo rom) com suas próprias leis e códigos de ética e justiça, onde são resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos. O mestre de cura (ou xamã cigano) é um Kakú (homem ou mulher) que possui dons de grande para-normalidade. Eles usam ervas, chás e toques curativos. Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação (mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças.

O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.

Outro fato que chama a atenção para a provável origem indiana do povo cigano, é a santa por quem nutrem o mais devotado amor e respeito, chamada Santa Sara Kali. Kali é venerada pelo povo hindu como uma deusa, que consideram como a Mãe Universal, a Alma Mater, a Sombra da Morte. Sua pele é negra tal como Shiva.

Para os ciganos, Sara, santa venerada, possui a pele negra, daí ser conhecida como Sara Kali, a negra. Ela distribui bênçãos ao povo, patrocina a família, os acampamentos, os alimentos e também tem força destruidora, aniquilando os poderes negativos e os malefícios que possam assolar a nação cigana. Seu mistério envolve o das "virgens negras", que na iconografia cristã representa a figura de Sara, a serva (de origem núbia) que teria acompanhado as três Marias: Jacobina, Salomé e Madalena, e, junto com José de Arimatéia fugido da Palestina numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o cálice sagrado), que seria levado por elas para um mosteiro da antiga Bretanha. Diz o mito que a barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, às margens do Mediterrâneo, que por sua vez ficou conhecido como "Saintes Maries de La Mer", transformando-se desde então num local de grande concentração do Povo Cigano.

Quase todos são devotos de "Santa Sara", que é reverenciada nos dias 24 e 25 de maio, em procissões que lotam Lês Saints Maries de La Mer, em Camargue, no Sul da França. Através de uma longa noite de vigília e oração, pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, flores e vestes coloridas; muita música e muita dança, cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e o eterno "retorno dos tempos".

A sexualidade é outro ponto importante entre os ciganos. E, ao contrário do que se imagina, eles têm uma moral bastante conservadora. Alguns mitos antigos falam da existência das mães-de-tribo, que tinham um marido e um "acariciador". Outros falam das gavalies de la noille, as misteriosas noivas do fim de noite, com quem os kakus se encontravam uma única vez, passando desde então, a ter poderes especiais. Mas o certo mesmo é que os ciganos se casam cedo, quase sempre seguindo acordos firmados entre as duas famílias. Não recebem nenhum tipo de iniciação sexual e ter filhos é a principal função do sexo. Descobrir os seios em público é comum e natural, mas nenhuma mulher pode mostrar as pernas, pois da cintura para baixo todas são merimé (impuras). Vem daí a imposição das saias compridas e rodadas para as mulheres, que também são proibidas de cortar os cabelos, e nunca sentam à mesma mesa que os homens. Ironicamente, como praticantes da magia e das artes divinatórias, são elas que cada vez mais assumem o controle econômico da família, pois a leitura da sorte é a principal fonte de renda para a maioria das tribos. O resultado é uma situação contraditória, em que o homem manda, mas é a mulher quem sustenta o grupo.

As crianças ciganas normalmente só freqüentam até o 1o. Grau nas escolas dos gadjés (não-ciganos), para aprenderem apenas a escrever o próprio nome e fazer as quatro operações aritméticas. A maioria das crianças não vai à escola com receio do preconceito existente em relação a elas. Claro que com o acelerado processo de aculturação, um bom número de ciganos, disfarçadamente, estão freqüentando as universidades e até ocupando cargos de importância na vida pública do país e já chegaram até à Presidência da República. (Washington Luiz e Juscelino Kubitshek).

Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligação com o "sagrado", quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande "madrinha". A celebrações da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com danças e orações. Também para os ciganos tudo na vida é "maktub" (está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sidéreos. Os ciganos praticam a Astrologia da Mãe Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos.

Para uma kalin (cigana kalon), descendente desse povo, essa é uma hora em que precisamos estar atentos e vigilantes para ouvirmos uma espécie de "chamado mítico" que a dura realidade planetária está nos fazendo, e, nos unirmos em corpo e espírito com as forças maiores que regem esse universo.

Os Ciganos são "povos das estrelas" e para lá voltarão quando morrerem ou quando houver necessidade de uma grande evacuação. Há milênios eles vem cumprindo sua missão neste Planeta, respeitando e reverenciando a Mãe Natureza, trocando e repassando conhecimento. Eles pregam a necessidade urgente de pisar na superfície desse lindo "planeta água" (símbolo da emoção e da sensibilidade que preenche nossos corações) observando não só a violência praticada contra as minorias, como também os incríveis gestos de solidariedade humana mostrados via satélite ou pela Internet, na mesma velocidade da luz ou do pensamento humano, nessa era de virtualidade nem um pouco caracterizada pelas mais elementares virtudes.

LENDA DE UMA CIGANA:



A lenda de uma cigana
Adormecida ao relento
Que perdeu a caravana
Por seguir o pensamento
Tem dias que anda pairando
Nos rumos do mundo
Tem dias que anda rolando
Nas presas do tempo
Diz a lenda que a cigana
Pelo caminho onde viera
O xaile tinha perdido
E um vagabundo o trouxera
Sacudindo o pó e as mágoas
Como se a cor acordasse
Num abraço dançou com ela
Antes que o vento a roubasse
Só o vento nos roda a saia
Só o vento nos faz dançar
Nos confunde os passos na areia
Muda o rumo às águas do mar
No silêncio mal se ouviam
Dançar descalços na areia
Numa noite quase fria
Estava a lua quase cheia
E pra rasgarem o escuro
Ou fugir à solidão
Ataram corpos cansados
Na sombra vaga do chão
Quando o sol entorna o dia
Ficara o xaile esquecido
E os passos da cigana
Já o vento tinha escondido
Ficou só o vagabundo
Resgatando uma ilusão
Com a alma amordaçada
Na palma da mão
Só o vento nos roda a saia
Só o vento nos faz dançar
Nos confunde os passos na areia
Muda o rumo às águas do mar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ORAÇÃO À DEUSA NEGRA 2 (LILLITH):


Oração a Deusa Negra 2
(lillith)

Eu sou a malicia no olhar
A naja que tem o veneno
Doce como o mel

Eu sou o prazer corrompível
A sedução nas chamas
O arder incitável
Dos desejos obscuros

Sou o cantar do desejo
Minha pele é macia
De mim jorra
Todo o prazer!

Que assim seja e assim se faça!

Fael

ORAÇÃO À DEUSA NEGRA:


Oração a Deusa Negra

É tempo de escuridão
A nossa face cruel
Mostra-se
O obscuro aparece

Nossos demônios aparecem
Nosso lado tenebroso
Pulsa cada vez mais forte

E assim como nós
A Deusa também
Tem o seu lado negro
E sua face cruel está a mostra

Ela é a noite sombria
O silêncio apavorante
E o sumir do luar

Ó Grande Deusa
Ensine-me a compreender
O meu lado negro
Para superá-lo

Para que meus defeitos
Venham sumir
E que no lugar do ódio
Apareça o amor

Ensine-me a caminhar
Na trilha obscura da vida
E conduza-me
Pelos seus caminhos

Para que em meu ser
Exista sempre harmonia
Entre os dois lados.

Que assim seja e assim se faça!

Fael

CELEBRE A VIDA:


Celebre a vida

É noite de festa
Nas matas
O vento espalha
A euforia

A lua se mostra
Tímida entre as nuvens
E clareia a todos
Os seres

O suave aroma
Está em todo lugar
As flores estão belas

O cair das águas
Espalha vida
E renova sem seu poder
Tudo a sua volta

Tudo a minha volta
Exala vida
E a alegria transborda
Como rios enfurecidos

O mais belo
Acontecimento se torna real
Quando tudo isso
Passa a acontecer
Dentro de nós

Sorria, chore e grite
Sinta-se vivo e
Celebre a vida.

Que assim seja e assim se faça!


Fael

FILHOS DA DEUSA:


Filhos da Deusa

Eu sou aquele
Que busca
Prosperidade e refúgio
No Norte

Que busca
Conselhos e orientações
No Leste

Que busca
Vigor e vitalidade
No Sul

Que busca
Uma vida emocional equilibrada
No Oeste

Eu sou aquele
Que controla
Os elementos ao meu favor
Que ora à Grande Mãe
E se ajoelha ao Grande Caçador
Tenho tudo dentro de mim
E sou completo
Eu sou um bruxo.

Que assim seja e assim se faça!

Fael