sábado, 25 de outubro de 2008

A LENDA DE ATLÂNTIDA:



O primeiro relato sobre a existência de Atlantis, vem do filósofo grego Platão, que viveu de 427 a 347 a.C. Foi o mais famoso discípulo de Sócrates (470 a 399 a.C.), muito respeitado pelo seu sistema de idéias, bem como pela postulação da imortalidade da alma humana, que exerceu influência sobre os padres da Igreja e filósofos cristãos.
Os leigos conhecem-no pelo ensinamento do amor platônico e os entendidos pelo sistema das idéias, como, sendo um dos grandes pensadores da humanidade. Platão escreveu seus pensamentos em forma de diálogos entre o sábio e o discípulo para evitar a monotonia filosófica.
As informações sobre Atlântida acham-se escritas nos diálogos "Timeu" que focaliza a terra de Atlântida, ao passo que o de "Crítias" caracteriza sua civilização. "Crítias" é, no diálogo, o pseudônimo do próprio Platão, que transcreve informações que recebeu do seu "avô", que por sua vez foi informado pelo filósofo Sólon, que morreu em 559 a.C., em Atenas.
A informação revela a história de um sacerdote egípcio de Sais, sendo a seguinte: havia em épocas remotas, ou seja, cerca de 9.000 anos antes de Platão, um poderoso Império, situado numa ilha que se encontrava no Oceano Atlântico, além das Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar) de nome Poseidonis ou Atlantis. A ilha tinha um comprimento de 3.000 estádios de 2.000 de largura (um estádio é igual a 185 metros) o que resultaria em cerca de 200.000 quilômetros quadrados. Imaginava-se na época que a ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas.
O povo que habitava a Atlântida era governado por reis. O primeiro parece ter sido Atlas. Seu irmão Gadir governava uma outra parte da ilha, que se situava perto das Colunas de Hércules. Houve também uma guerra entre Atlântida e Atenas. Neste instante surgiu a tragédia. Durante um dia a ilha Atlântida afundou--se no mar e desapareceu. Esta história era bem conhecida e admitida pelos filósofos gregos. Quem não acreditou nela foi Aristóteles (384 a 322 a.C.).
Os filósofos cristãos da antigüidade e da Idade Média conheciam este mito. São vários os relatos de lendas parecidas com a descrita por Platão em seus diálogos. Lendas que contavam sobre uma mesma civilização avançada como a dos atlantes, mas de origens culturais, nomes, tamanhos e até localizações diferentes. As histórias foram sobrevivendo aos movimentos sócio-culturais ao passar dos séculos e até durante a Renascença, que procurou nos mitos realidades, houve várias tentativas de explicação racional desta história. Entretanto, poucos convenceram mais que o próprio mito.
Como foi dito, as principais referências para Atlântida foram os diálogos entitulados "Timeu" e "Crítias" de Platão. Um trata do âmbito geográfico e outro do social e do político.
Havia há 9000 anos, no mesmo local onde se encontra Atenas, uma grande cidade. Essa surpreendente informação foi cedida ao estadista Grego Sólon (-559 a.C) por um sábio egípcio de Sais. Essa fundação foi corroborada por documentos achados em templos há 8000 anos. Estes documentos informam também que havia um vasto Império numa ilha fora das Colunas de Hércules, maior que a Líbia e a Ásia juntas (na época, só era conhecida uma faixa costeira da África e a Ásia era uma pequena faixa da Turquia, hoje conhecida por Ásia Menor). Sendo um grande e rico Império, seu poderoso exército invadiu os povos costeiros do Mar Mediterrâneo para dominá-los, mas a coragem e a arte bélica dos gregos conseguiram rechaçar esta ofensiva por um tempo.
Como numa proteção divina para a Grécia, veio uma época em que houve terríveis terremotos e inundações, vindos num dia e numa noite horríveis, onde desapareceu todo o exército atlântico. No auge de sua civilização, Atlântida fora engolida pelo Oceano.
Em seu diálogo, Platão diz: "Houve uma guerra dos "atlantas" que habitavam uma ilha fora das Colunas de Herácles, maior que a Líbia e a Ásia, contra nosso estado de Atenas que conseguimos rechaçar. Esta ilha desapareceu mais tarde por um terremoto e imergiu no oceano".
Na distribuição do Mundo pelos deuses, o deus Possêidon recebeu a ilha Atlântida. Casou-se com a princesa "Kleito". Para a segurança desta construiu em volta do castelo 3 anéis circulares de canais e um outro canal de 50 estádios de comprimento até o mar permitindo a navegação de trieras. O primeiro rei de Atlântida foi Atlas, filho de Possêidon (irmão de Zeus) e Kleito. A fortaleza real tinha um diâmetro de 5 estádios protegida por uma muralha de pedras. Dentro da fortaleza existia, além do palácio real, um templo consagrado a Possêidon cercado com um muro de ouro. Este templo tinha um estádio (185 metros) de comprimento e três pletros (92,5 metros) de largura. A altura era de tal forma escolhida visando agradar a vista. O templo era inteiramente revestido de prata, exceto as alveias que eram de ouro. A cidade (possivelmente chamada de Posseidônia) situava-se dentro de uma planície retangular de 3.000 por 2.000 estádios cercado por um canal de 10.000 estádios de comprimento e com profundidade de um pletro.
"Crítia" é maior e mais complexo do que "Timeo". Além da origem da civilização, que é descrita detalhadamente, Platão nos fornece também descrições sobre a organização social, política, sua legislação perfeita e a geografia da ilha com sua rica fauna e flora.
A origem da Lenda de Atlântida é atribuída à Platão, mas existe em várias outras parte do mundo e em épocas diferentes, histórias que contam uma história muito parecida com a contada pelo filósofo grego. Cada uma, obedece à cultura e crenças de suas regiões, mas as semelhanças e coincidências são no mínimo inquietantes. Mas não somente lendas. Vários mapas, desenhos e documentos foram encontrados em tempos e lugares diferentes. Para muitos pesquisadores e esotéricos, essas "provas" ajudam a confirmar a existência de "Atlântida".
A história nos conta que a Antártica não foi descoberta até 1818, mas 305 anos antes. em 1513, um grande almirante e cartógrafo turco chamado Piri Reis desenhou vários mapas, dentre esses, um mapa do Atlântico Sul englobando a costa oeste da África e oeste da América do Sul e o norte da Antártica. O Mapa foi descoberto acidentalmente em 1929 no palácio-museu de Topkapi, em Istambul.
Em uma série de notas escritas de seu próprio punho, o almirante Piri Reis diz que não é responsável pelo mapeamento e pela cartografia original dos mapas e que esse, foi confeccionado a partir 20 mapas, desenhos e esboços, alguns de origem desconhecidas que estavam no inventário do palácio. Os mapas mostram com nitidez, centenas de pontos do globo terrestre que só seriam conhecidos, oficialmente, séculos depois com os navegadores espanhóis, portugueses, holandeses e ingleses. Eles também revelam detalhes geológicos surpreendentes. Várias ilhas e faixas de terras aparecem em vários pontos que não são visíveis hoje em dia, como por exemplo a "falta" do Estreito de Drake (entre América do Sul e a Antártica) e a ilha de Cuba ligada à península da Florida.
As investigações continuam para se saber a origem de tais mapas e como foram feitos com um grau de precisão impressionante. Não há dúvida que o almirante Piri Reis obteve fontes da mais alta confiabilidade. Só nos resta agora saber "quem" fez esses mapas. Muitos estudiosos e cartógrafos, dentre eles o Dr. Arlington H. Mallery que fez todo o trabalho de medição e aferição dos mapas acreditam em que eles têm uma origem muito remota. Pelas pequenas diferenças tamanho e coordenadas, acredita-se em que os mapas tenham sido feitos há 9000, um pouco antes da última Era Glacial. Outro fator defendido por todos é que os mapas foram feitos por uma civilização com grande capacidade técnica e tecnológica. Juntando todos os fatos, coincidências e evidências, são poucos os pesquisadores que não pensam na palavra "Atlântica" nessa altura dos estudos.
Não foram apenas na Grécia e na Turquia que aparecerem fatos e lendas sobre a existência de "outras civilizações" que viveram aqui há milhares de anos. Uma das mais curiosas, foi encontrada em escavações arqueológicas no Peru. Em 1960, no meio do deserto peruano de Ocucaje, perto da cidade de Ica, foram encontrados artefatos de pedra de uma antiga e perdida civilização. Esses artefatos feitos em pedra, retirados da chamada "Biblioteca de Pedra" nos mostra cenas fantásticas de uma civilização com um alto nível cultural e técnico.
O artefato mais intrigante é o mapa-mundi de 10.000 anos de idade. Como uma civilização poderia ter mapeado todo o globo terrestre há milhares de anos? Pode-se ver sem o menor esforço, a América do Sul ligada à Antártica, o que mostra que o mapa foi feito durante a Era Glacial. Mas o ponto mais espetacular do mapa, é o aparecimento de um gigantesco continente, chamado MU, no meio do Pacífico.
Como uma civilização tão avançada assim poderia sumir sem deixar vestígios? Para muitos estudiosos, dentre eles o Dr. Javier Cabrera Darquera que é curador do museu que existe no local, não resta dúvida que essa civilização morava no continente MU e que no fim da Era Glacial, fora completamente engolido pelos mares.
Coincidência com o fato de Atlântida, segundo Platão, também ter sido engolida? Diante de tantos fatos curiosos, não é normal que se pense que esse mítico continente MU seja, em outra língua, o famoso Continente Atlântico, mesmo que no oceano errado?
Mas porque o mito de Atlântida é tão difundido? Porque um diálogo escrito por um filósofo grego há mais de 2000 anos conseguiu transpor os limites acadêmicos da filosofia, história e arqueologia e se tornou numa das lendas mais conhecidas de todos os tempos?
Essa pergunta é respondida com uma palavra: arte. Além de ter um conteúdo poético ou até utópico, Atlântida inspirou centenas de pintores, escritores e poetas em todo o mundo. Seduzidos pelo romantismo e vigor da história, não foi difícil para que a terra submersa se transformasse em musa para artistas do mundo todo.
Talvez a mais famosa referência sobre o mito de Atlântida nas artes, está no livro do escritor francês Julio Verne "20.000 Léguas Submarinas". No livro, o grande Cap. Nemo comandando o magnífico submarino Nautillus encontra a mitológica Atlântida e se põe a transformá-la em seu novo lar. Essa grandiosa obra de ficção científica, escrita no século passado, influenciou muito as gerações de jovens artistas, cientistas e historiadores que vieram depois. Vários arqueólogos de renome, dentre eles o alemão Heinrich Shiliemann também se dedicou à procura de Atlântida, ajudando a popularizar o mito.
Entretanto, o sucesso e a popularidade foi tão grande, que não tardou para que aquilo que só era âmbito da arqueologia e de história, fosse para o lado das pseudos-ciências.
Hoje existem centenas de ceitas e ramos "científicos" que consideram os "atlantes" como seres superiores e místicos. Não são poucos que consideram a própria Atlântida um lugar sagrado e que seus habitantes vivem até hoje nas profundezas dos mares graças aos seus poderes e habilidades secretas. Outra vertente, já acredita na origem extraterrena dos "atlantes". As respostas para vários fenômenos, dentre eles conhecido como "Fenômeno UFO" e o misterioso "Triângulo das Bermudas" tenham a mesma origem do Continente Submerso. Também não é descartada a ligação entre a Civilização Atlântida e o suposto "Mundo Interior".
Crenças religiosas e esotéricas a parte, é bastante comum hoje em dia, ligar novos mistérios à mistérios antigos da humanidade. Foram escritos até os nossos dias com boa aceitação quase 2.000 livros, sobre a existência de Atlântida baseados em interpretações de lendas e crônicas antigas.
Quem começou a preocupar-se seriamente sobre o fundo verdadeiro da Atlântida foi Heinrich Schliemann, o pai da arqueologia moderna.
Schliemann era sonhador, gênio lingüístico e comercial além de autodidata. Alemão de origem, aprendeu meia dúzia de línguas, cada uma no período de alguns meses com perfeição surpreendente. Isso aconteceu, por exemplo, no estudo da língua russa.
Schliemann nasceu em 1822, na Província de Mecklenburg ao norte da Alemanha. Com vinte e poucos anos ele já era representante de uma casa comercial denominada Schrtider, estabelecida em Amsterdã. Em conseqüência de seus conhecimentos perfeitos da língua russa, foi nomeado representante em São Petersburgo.
Pouco mais tarde fundou sua própria firma. Tornou-se, pela primeira vez milionário, pelo comércio de índigo, azeite e chá. Em 1856 aprendeu a língua grega antiga com um sacerdote grego de nome Teocletos Vimpos. Schliemann mudou alguns anos depois para a Califórnia, durante a corrida do ouro, tornando-se pela segunda vez milionário. Voltou em seguida para São Petersburgo e tornou-se, pela terceira vez, milionário como fornecedor de mantimentos ao exército russo, durante a guerra da Criméia. Nessa época casou-se, teve três filhos, mas logo se separou. Em 1869, escreveu de Nova York, onde se tornou cidadão dos Estados Unidos, ao seu antigo amigo Teocletos Vimpos, para que procurasse para ele uma grega jovem, inteligente, bonita, meiga e pobre, com vista a um segundo casamento. O amigo ofereceu a Schliemann uma série de propostas, depois de um anúncio num jornal de Atenas com descrições físicas, intelectuais e fotos. Mas Teocletos tinha em vista sua própria sobrinha "Sofia" de 18 anos (Schliemann tinha naquela ocasião 45 anos). Ela era bonita, inteligente e meiga. O casamento realizou-se rapidamente.
Schliemann em breve conseguiu falar o grego moderno, clássico e arcaico e Sofia, sua esposa, resolveu com este casamento a situação financeira desastrosa de sua família.
Schliemann leu e releu todas as histórias antigas dos historiadores, filósofos e escritores gregos. Logo realizou seu primeiro sonho: comprovar que a história de Ilíada de Homero não era uma mera lenda, mas uma realidade histórica. Depois de ter obtido do governo turco autorização para fazer escavações em Hissalik, na Ásia Menor, realizou sete campanhas de escavações de grande envergadura, comprovando assim a existência verdadeira de Tróia.
Por isso, Schliemann é denominado o pai da arqueologia moderna e admitia-se tudo o que ele dizia sobre outras informações históricas e pré-históricas, inclusive sobre Atlântida.
As escavações em Hissalik tiveram entretanto uma interrupção abrupta, quanto Heinrich e Sofia Schliemann encontraram o chamado tesouro de Príamo. Tratava-se de uma coleção de peças de ouro maciço. Burlando a vigília turca, não resistiram à tentação de apoderarem-se daquele achado de valor incalculável e embarcaram com o roubo para a Grécia. Tornaram-se então donos particulares do que pertencia legitimamente ao governo turco. Houve intervenção diplomática séria por parte da Turquia.
Assim Tróia ficou permanentemente proibida para os Schliemanns. Schliemann doou o tesouro mais tarde para o Museu de Berlim, cujos cientistas nunca deram muita atenção ao doador pelo simples fato de que ele não tinha carreira universitária. O tesouro de Príamo ficou assim, em Berlim até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando desapareceu definitivamente.
A atividade de Schliemann concentrou-se em escavações na Grécia. Encontrou e escavou com êxito a cultura de Micenas, quis escavar Cnosos de Creta, mas o alto preço o desanimou. Cnosos foi escavada mais tarde pelo famoso arqueólogo Arthur Evans (1851-1911).
Schliemann morreu em 1890 em Nápoles, deixando, no entanto, notícias vagas sobre a existência de Atlântida, mas mudou do campo científico de comprovações reais na sua interpretação dos textos de Platão sobre Atlântida para o especulativo. Foi desta maneira que despertou um interesse fora do comum no mundo inteiro, especialmente nos meios pseudo-científicos.
Assim sendo, a Lenda de Atlândida continua fascinando a humanidade há milhares de anos. Verdade? Mito? Para muitos eruditos, pesquisadores, cientistas, esotéricos e românticos isso não importa. O importante é que os segredos e mistérios que mantemos mais escondidos, façam-nos buscar o conhecimento e viajar pela maravilhosa imaginação humana.

INTRODUÇÃO AO TAROT:


O QUE É TAROT?

O Tarot é uma ferramenta de autoconhecimento capaz de mostrar o que se passa em seu inconsciente, ajudando você a se conhecer melhor. São 78 arcanos (cartas com significados ocultos), divididos entre 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores, simbolizando toda a riqueza da vida e de seus acontecimentos. Por isso, suas cartas podem mostrar as tendências e o melhor modo de agir no momento.
Ao contrário da Astrologia, que tem data e local de surgimento, a origem do Tarot é um verdadeiro mistério. Existem muitas divergências em torno deste assunto. A cada pesquisa que é feita sobre a origem do Tarot descobrem-se novos elementos e evidências da origem do Tarot nas mais diferentes culturas e épocas.
Hoje, o jogo de Tarot continua mostrando por que sempre foi tão presente nos povos que passou. Não é à toa que sua tradição já se estende por mais de seis séculos. E permanece sendo utilizado pelas pessoas como um auxílio para tomar decisões e esclarecer questões de vida, das mais sutis até as mais decisivas.

COMO FUNCIONA O TAROT?

O Tarot, assim como outros oráculos conhecidos, funciona com base no princípio da aleatoriedade. Isto significa que as respostas são reveladas pela escolha de cartas aleatórias em um baralho. Não importando se são cartas de papel ou virtuais, o sorteio funciona igualmente, servindo para acessar os significados do inconsciente.

O QUE VOCÊ PRECISA PARA FAZER UM BOM JOGO?

AÍ VÃO ALGUMAS DICAS DO QUE VOCÊ PODE FAZER PARA REALIZAR UM BOM JOGO DE TAROT.

1.Escolha um momento calmo para jogar.

2.Feche os olhos por alguns instantes e procure ouvir sua respiração. Relaxe.

3.Concentre-se nas questões que deseja esclarecer.

4.Reflita sobre o significado de cada carta que você sortear.

5.Encontre maneiras de aplicar o conhecimento adquirido em seu dia-a-dia.


Arcanos Maiores:

Os Arcanos Maiores são as 22 cartas principais que compõem o Tarot. Conheça um pouco de cada uma delas:

O Louco
O arcano zero do Tarot indica situações extremas: uma renovação ou uma completa desestabilização. Em alguns Tarots O Louco é o arcano XXII.

O Mago
O arcano I do Tarot representa personalidades individualistas com uma maior destreza intelectual e sabedoria.

A Sacerdotisa
A figura feminina, neste arcano II do Tarot, está envolvida com um véu, simbolizando mistério e sabedoria oculta.

A Imperatriz
O arcano III do Tarot sugere um desenvolvimento intenso e uma sensualidade benéfica.

O Imperador
O arcano IV do Tarot mostra uma figura da majestade, que significa força, autoridade e poder.

O Papa
O arcano V do Tarot traz o significado de sabedoria, cura, confiança e harmonia.

Os Amantes
O arcano VI do Tarot traz o encontro com a dúvida, união de opostos e a intensificação do amor.

A Carruagem
Neste arcano VII do Tarot, o condutor da carruagem com armadura simboliza orientação interior direcionada ao objetivo.

Justiça
O arcano VIII do Tarot revela um período de equilíbrio interior, concentração e autocontrole.

O Eremita
Neste arcano IX do Tarot, predomina o significado de recolhimento interior, manter a concentração no que é essencial.

A Roda da Fortuna
O arcano X do Tarot representa reencontro e reestruturação: mudar, repensar, recriar uma relação.

A Força
Neste arcano XI do Tarot, as conquistas no amor vêm através da determinação e do poder de sedução.

O Homem Pendurado
O arcano XII do Tarot reflete o sacrifício como demonstração de amor. A Sensação de anulação e fraqueza também pode estar presente.

A Morte
Neste arcano XIII do Tarot, os relacionamentos representados pela Morte significam fim e renascimento. O portal para uma vida nova.

A Temperança
O arcano XIV do Tarot, revela uma fusão harmônica entre idéias opostas.

O Diabo
O arcano XV do Tarot revela uma natureza instintiva e impulsiva. Um período propenso a paixões profundas.

A Torre
O arcano XVI do Tarot transmite uma personalidade endurecida, com conceitos rígidos de segurança e de prisão.

A Estrela
Neste arcano XVII do Tarot, prevalece purificação, fertilidade e simplicidade. Simboliza iluminação em meio às trevas.

A Lua
O arcano XVIII do Tarot representa uma maior confusão na vida de uma pessoa.

O Sol
Neste arcano XIX do Tarot, entusiasmo é a palavra-chave. Representa a harmonia entre a consciência e a existência.

O Julgamento
A figura deste arcano XX do Tarot representa a transição, a transformação constante da vida.

O Mundo
A figura deste arcano XXI do Tarot representa a alegria de viver. Revela também plenitude, renovação e abertura de novos processos.


Como o Tarot funciona?

O Tarot que você joga pessoalmente possue o mesmo princípio de aleatoriedade. Esse princípio determina que a escolha da carta seja aleatória, não podendo seguir uma ordem determinada. Nos jogos, você precisa mentalizar profundamente o seu momento para que o Tarot possa captar as vibrações mais amplas e revelar os seus pensamentos subconscientes na análise.

O Tarot determina o que vai acontecer em minha vida?

Não. O Tarot trabalha com o princípio da aleatoriedade. Isso significa que ele vai buscar informações no seu subconsciente e refletir em cartas tiradas aleatoriamente de um baralho. Essa análise funciona como um reflexo de você mesmo, as tendências de acordo com aquilo que se passa na sua mente.
O jogo não vai determinar o que irá acontecer. Ele vai mostrar tendências, possíveis direções por onde as coisas podem caminhar. Cabe a você modificar aquilo que não lhe agrada ou que não lhe trará felicidade.
É justamente por isso que o Tarot é utilizado como uma ferramenta de autoconhecimento. A partir do momento em que sabemos o que buscamos e conhecemos aquilo que pode vir a se tornar real.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO:


Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado
Compreender do que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado;
E morrendo que se vive
Para a vida eterna

ORAÇÃO A SANTA EDWIGES:


Ó Santa Edwiges,
vós que na terra fostes o amparo dos pobres,
a ajuda dos desvalidos e o Socorro dos Endividados,
e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes,
suplicante te peço que sejais a minha advogada,
para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente preciso: (fazer o pedido).
Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna.
Santa Edwiges, rogai por nós.
Amém.
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

OS RITOS SAZONAIS:


Os ritos Sazonais estão divididos em dois, os Esbbats e os Sabbats.
Nós Neo-pagãos sabemos os nossos ritos Sazonais pelas mudanças de estações no meio ambiente.

Os Sabbats são celebrações de um tempo e não de datas.

Os Esbbats são comemorações para lua e são oito ao todo: Lua Balsâmica, Lua Cheia, Lua Crescente, Lua Convexa, Lua Disseminadora, Lua Emergente, Lua Minguante e Lua Nova.

Lua Disseminadora (ou Lua Negra) = É a fase de transição entre a Minguante e a Nova (3 dias antes);

Lua Balsâmica = É a fase de transição entre a Cheia e a Minguante (3 dias antes);

Lua Convexa = É a fase de transição entre a Crescente e a Cheia (3 dias antes);

Lua Emergente = É a fase de transição entre a Nova e a Crescente (3 dias antes).

Os Sabbats Menores são passagens de Equinócios e Solstícios, que variam a cada ano: Yule, Ostara, Litha e Mabon.

Os Sabbats Maiores celebram os ciclos agrícolas da Terra, marcando a semeadura, o plantio e a colheita são eles: Samhain, Imbolc, Beltane e Lammas.


. Roda Sul:


1 de Maio
SAMHAIN

Por volta de 21 de Junho
YULE

1 de Agosto
IMBOLC

Por volta de 22 de Setembro
OSTARA

31 de Outubro
BELTANE

Por volta de 21 de Dezembro
LITHA

2 de fevereiro
LAMMAS

Por volta de 21 de Março
MABON



Roda Norte:


1 de Maio
BELTANE

Por volta de 21 de Junho
LITHA

1 de Agosto
LAMMAS

Por volta de 22 de Setembro
MABON

31 de Outubro
SAMHAIN

Por volta de 21 de Dezembro
YULE

2 de fevereiro
IMBOLC

Por volta de 21 de Março
OSTARA




Preparando o local do Ritual:



1 Varra o local normalmente, depois pegue a sua vassoura mágica e como se estivesse varrendo (sem tocar no chão), varra de dentro para fora.


2 Trace o círculo no sentido horário.


3 Evoque os quadrantes para fazerem parte desse círculo:

Senhor do norte, com todo meu respeito peço que faça parte dessa celebração.

Senhor do leste, com todo meu respeito peço que faça parte dessa celebração.

Senhor do sul, com todo meu respeito peço que faça parte dessa celebração.

Senhor do oeste, com todo meu respeito peço que faça parte dessa celebração.


4 Evoque a Deusa da Terra e o seu consorte o Deus do Sol, para fazerem parte dessa celebração.


5 Agradeça aos convidados.


6 Destrace o círculo no sentido anti-horário.

Cristina

O MITO DE TALIESIN (O MERLIN):


Há muito tempo atrás, na região hoje conhecida como o País de Gales, vivia a Deusa Cerridwen. Cerridwen tinha dois filhos. Uma filha de nome Creirwy, que era a criatura mais linda e adorável do mundo, e um filho chamado Afagddu que era extremamente feio e estúpido, e cuja aparência causava ânsias em qualquer um que o visse. Visando melhorar a vida de Afagddu, sua mãe resolveu preparar para ele uma poção chamada a "Poção da Inspiração e Conhecimento", que lhe daria todo o conhecimento místico e profano do mundo. Durante a preparação, a poção deveria cozinhar por um ano e um dia, e necessitaria de várias ervas raras. Apenas as três primeiras gotas que fervessem conteriam todo o poder da poção, e o resto seria veneno mortal. Para ajudá-la na preparação, Cerridwen chamou um velho e um garoto de nome Gwion Bach, encarregados de mexer a poção em sua ausência.Na busca pelas ervas raras, Cerridwen teve que se distanciar de sua casa e, exausta pela viagem, adormeceu no último dia em que a poção deveria ferver. Nessa hora, apenas o garoto Gwion mexia a poção, pois se revezava em turnos com o outro ajudante. Subitamente, três gotas quentes espirraram em seu dedo e, instintivamente, ele levou o dedo queimado à boca. Nesse momento ele recebeu toda a sabedoria e inspiração do mundo, e instantaneamente percebeu que Cerridwen já sentira o que ocorrera, e totalmente furiosa já estava vindo para puni-lo. Ele saiu em disparada fugindo dela; assim que a viu em sua perseguição, transformou-se em uma lebre para tentar escapar. Ao mesmo tempo, sua perseguidora se tornou um galgo, correndo atrás da lebre, e quanto mais ele corria mais ela se aproximava. Então a lebre pulou em um rio, e se transformou em um salmão. O galgo por sua vez também pulou no rio e se tornou numa lontra. Então, quando a lontra ameaçava alcançar o salmão, Gwion pulou para fora do rio, e se tornou um corvo. Cerridwen também saltou para o ar, e virou um falcão, perseguindo-o...Ao ver um monte de trigo, ele mergulhou em direção aos grãos e se transformou em um grãozinho. Cerridwen, percebendo o que acontecera, tornou-se uma galinha e começou a comer o monte. Ao final, após comer todos os grãos, ela pensou que tinha se vingado.
Entretanto, alguns meses depois ela percebeu que estava grávida, embora não houvesse se deitado com nenhum homem. Quando constatou que a criança era Gwion, ela decidiu esperar que ele nascesse, para então matá-lo. Por nove meses ponderou sobre sua vingança; mas quando a criança nasceu, Cerridwen viu que ela era extremamente bela, e não teve coragem de matá-la. Então pegou a criança que um dia fora Gwion e o colocou dentro de uma bolsa de couro, que jogou no rio para ser levada pelas águas.
Naquela época havia, na região de Gwynedd, um senhor de terras chamado Gwyddno Garanhir, cujo filho Elphin era tido como a criatura mais azarada que jamais existiu. Havia naquela região uma represa em que sempre houve uma grande pesca de salmão na Véspera do 1º de Maio. Naquele ano, Gwyddno mandou seu azarado filho liderar a pescaria, esperando com isso melhorar sua sorte. Nas Vésperas de Maio, Elphin e dois servos foram até a represa, e uma vez após a outra lançaram a rede na água, porém ela sempre retornava vazia. Os servos já praguejavam, dizendo que Elphin havia estragado a sorte da represa, quando este insistiu em lançar a rede uma vez mais, e presa a ela veio uma bolsa de couro. Apesar dos resmungos de seus servos, que acharam que dentro dela haveria mais azar, Elphin abriu a bolsa, com a esperança de encontrar um tesouro.Para sua surpresa, da bolsa saiu a cabeça de um bebê, e Elphin disse:- Que fronte radiante!E o bebê, com três dias de vida replicou:- Então fronte radiante eu serei!E adotou o nome de Testa Brilhante, ou em Galês, Tal Iesin. Taliesin então mandou Elphin parar de se lamentar, e lhe disse que sua sorte havia mudado, e que ele não precisaria mais se preocupar, pois ele era um Bardo. Elphin então pôs o bebê adiante de si em seu cavalo, e com seus servos retornou para casa. Lá chegando, seu pai Gwyddno questionou sobre a pescaria. Elphin então contou sua história, e apresentou a criança, dizendo que havia pescado um Bardo. Gwyddno perguntou para que serviria um bebê bardo, tendo Elphin uma esposa que poderia lhe dar vários filhos saudáveis. Taliesin então respondeu que Elphin teria mais benefícios tendo-o encontrado, do que Gwyddno havia tido em toda sua vida com a pesca de salmão. Diante do espanto do Senhor, ao ver a criança falar, ele a questionou; e recebeu de Taliesin a resposta de que este lhe era muito mais apto a respondê-lo, do que Gwyddno a interrogá-lo. Elphin e sua esposa adotaram Taliesin, e o criaram como seu filho, e tiveram sorte e prosperidade com a presença dele.
As terras onde eles viviam eram governadas por um rei de nome Maelgwn. Um rei mesquinho, rodeado por uma corte de bajuladores. Quando Taliesin atingiu a idade de treze anos, Elphin recebeu um chamado do rei, convocando-o para as comemorações do Solstício de Inverno. Embora ele preferisse ficar em casa, era parente distante do rei, e além disso devia lealdade a ele. Quando se reuniram, todos começaram a bajular Maelgwn, e competir para ver quem conseguia agradá-lo mais. Mas Elphin, sendo uma pessoa sincera, não diria que os bardos do rei eram mais habilidosos que o seu, ou que a rainha era mais bela que sua esposa. O rei percebeu sua apatia, e lhe perguntou o que estava ocorrendo. A isso Elphin respondeu com a verdade, e que sua esposa era tão bela e virtuosa quanto qualquer homem poderia querer, e que seu bardo era o melhor que havia em toda Gwynedd.Diante de tal sinceridade o rei se enfureceu; mandou prenderem Elphin e atirá-lo nas masmorras até que a falsidade de suas palavras pudesse ser desmentida. Na mesma hora, Taliesin que estava fora de casa, esquiando no gelo, entrou em um transe, e na superfície do gelo viu tudo que havia se passado com Elphin. Assim ele correu para casa e alertou sua mãe adotiva. Maelgwn tinha um filho chamado Rhun, um ser tão revoltante e malicioso, que apenas ser vista ao lado dele arruinaria permanentemente a reputação de qualquer donzela. Rhun foi mandado a casa de Elphin para seduzir a esposa dele. Quando chegou, foi recebido por Taliesin, que lhe fez entrar em casa e sentar-se em um salão onde estava uma mulher vestida com roupas finas, um valioso anel no dedo, e um torque de ouro.
Na mesma hora Rhun pensou no quanto ia ser prazeroso cumprir sua tarefa. A mulher lhe cumprimentou, serviu-o, e ambos cearam juntos. Copo após copo, Rhun dava mais vinho para a mulher visando embriagá-la, até que, quando já estava zonza, ele a convenceu a irem para algum lugar com mais privacidade. Lá ela caiu no sono e Rhun tentou remover o anel de seu dedo. Como não conseguiu, cortou fora o dedo e o levou. Ele voltou rindo para a casa de seu pai, e este se deleitou com o sucesso do filho. Elphin foi chamado, para ser ridicularizado.Quando o rei lhe disse que sua esposa se deitara com Rhun, Elphin lhe pediu provas. O rei respondeu que para ele bastava a palavra de seu filho, mas Elphin insistiu, e disse que em se tratando de Rhun ele precisaria de provas. O anel lhe foi mostrado ainda no dedo, e o rei lhe perguntou se ele negava que o anel era de sua esposa. A isso Elphin respondeu que o anel realmente era de sua esposa, mas o dedo não era, e disso havia três provas.Primeiro, a mão de sua esposa era pequena, e o anel ficava folgado no polegar, mas no dedo mostrado o anel estava tão apertado que não sairia. Segundo, sua esposa cortava as unhas antes de cada Sábado, e a unha do dedo mostrado não havia sido cortada no último mês. E terceiro, eles tinham criados, para que a esposa não precisasse sovar a massa de pão, e na unha havia resquícios de massa crua. Rhun havia trazido o dedo de uma criada, e não da esposa de Elphin.
O rei então se enfureceu, e tendo falhado em humilhar Elphin pela virtude de sua esposa, resolveu desafiá-lo a provar que seu bardo era realmente melhor que os bardos dele. Enquanto Taliesin não chegava, Elphin foi jogado novamente em sua cela. Mas na casa de Elphin, Taliesin já estava se preparando para partir, e sua mãe cuidava da criada que havia ficado com nove dedos. O pequeno Bardo chegou à corte dois dias depois, e sem ser visto passou pelos portões; entrando na sala do trono sentou-se a um canto, longe da vista de todos.
Quando os bardos do rei chegaram, ele bocejou, e fez um encantamento para que eles ficassem diante do rei e tocassem errado, e cantassem algo sem sentido ao invés de louvá-lo. Maelgwn mandou que um de seus guardas acertasse Heinnin Fardd, o chefe de seus bardos, e a pancada conseguiu quebrar o transe o suficiente para que Heinnin Fardd explicasse ao rei que ele e os outros bardos haviam sido enfeitiçados. Então Taliesin apareceu, disse que era o bardo de Elphin, e que havia vindo para lhe salvar a honra e a liberdade. Então Maelgwn perguntou se ele se achava melhor que os bardos do rei, e Taliesin respondeu que ele não era nada perto dele mesmo. Heinnin então sugeriu que, para decidir a questão, fosse feita uma competição. Taliesin aceitou, ele enfrentaria todos os bardos do rei, devendo compor um poema sobre o vento, e sendo o rei o juiz da competição.Maelgwn então disse que os bardos teriam vinte minutos para compor, e Heinnin se desesperou dizendo que era pouco tempo para compor um épico. O rei não lhe deu atenção, e simplesmente lhe ordenou que obedecesse. Então Heinnin se reuniu aos outros bardos, pegaram tomos e pergaminhos com rimas e metáforas e tentaram começar a compor. Mas, enquanto isso, Taliesin estava sentado no chão rindo do desespero deles. Quando o tempo acabou, os bardos do rei fizeram uma linha na frente dele e tentaram apresentar sua canção, mas não conseguiram cantar nem tocar direito, por causa da mágica de Taliesin. Desafinavam, erravam as notas, e o que cantavam não fazia sentido. Isso irritou profundamente o rei, que começou a gritar com seus bardos; eles imploraram por clemência e culparam Taliesin. Este, deitado no chão, ria-se de forma irritante. Então ele se levantou e começou a cantar e tocar.
Encquanto cantava, um grande vento surgiu e sacudiu as fundações do castelo. Maelgwn teve tanto medo que ordeneu que Elphin fosse trazido. Assim que ele chegou, Taliesin fez os ventos pararem e cantou uma nova canção, que fez com que as correntes que prendiam Elphin caíssem ao chão, abertas. Então Taliesin chamou pela esposa de Elphin, e ela entrou no salão com suas mãos levantadas e abertas, de forma que todos vissem que tinha dez dedos. Maelgwn, mais irritado do que jamais estivera, lançou um último desafio: o de que seus cavalos eram melhores que os de Elphin. Taliesin sorriu, e sussurrou no ouvido de Elphin, que o desafio poderia ser aceito, pois ele sabia como fazê-los ganhar. Elphin aceitou, e uma corrida de cavalos foi marcada. A família foi para casa; no dia marcado, voltaram trazendo um velho pangaré. Maelgwn esfregou as mãos em contentamento.Os cavalos largaram, Taliesin cavalgando o velho pangaré Dobbin. Quando cada cavalo do rei o ultrapassava, ele acertava-o no flanco com um graveto encantado, e derrubava o graveto no chão. Os cavalos do rei se distanciaram mais e mais, e ninguém conseguia entender por que Taliesin ainda estava sorrindo. Ele apeou do cavalo e jogou seu manto no chão, sem ninguém compreender o motivo. Quando o velho Dobbin alcançou a metade da pista, Taliesin o deteve para que descansasse.
Os cavalos do rei já há muito os haviam ultrapassado no caminho de volta. Mas, quando cada cavalo chegava perto do graveto com o qual havia sido atingido, ele subitamente se levantava nas patas traseiras e começava a dançar. Toda a corte explodiu em gargalhadas, exceto Maelgwn e Rhun. Taliesin e Dobbin passaram pelos outros cavalos e alcançaram primeiro a linha de chegada. Maelgwn não teve escolha, teve que deixar Elphin e sua família partirem. Já indo embora, Taliesin pediu que Elphin parasse onde sua capa estava, no chão. Mandou alguns homens cavarem no local, e foi encontrada uma grande arca, cheia de tesouros.
Elphin então disse:- Realmente, Taliesin, nunca poderei me arrepender do dia que o pesquei do açude.
É dito que, após seu 13º aniversário, Taliesin se despediu dos pais e partiu em busca de aventura. Tempos depois, ele chegaria à corte do Rei Arthur, de quem seria o principal conselheiro, e junto com quem chegaria até mesmo a visitar Caer Sidhee (Caer Shí), a Terra das Fadas, em uma jornada em que poucos, entre os que partiram, voltariam.
Merlim era um título dado ao sacerdote mais graduado na religião antiga. O Merlim era como se fosse o representante masculino da Deusa.