sábado, 26 de dezembro de 2009
SOBRE O PROVINCIANISMO EM PARAPSICOLOGIA:
Sobre o provincianismo em Parapsicologia
Fátima Regina Machado* & Carlos S. Alvarado**
Já de longa data, ouvem-se rumores - que vez por outra, transformam-se em discursos inflamados - acerca do estabelecimento de uma Parapsicologia puramente Latino-Americana ou de uma determinada nacionalidade dentre os países que compõem a América Latina. Como pesquisadores integrados ao contexto internacional que somos, nos vemos preocupados com essa posição e sentimos a necessidade de discuti-la e expressar nossas opiniões acerca dessa postura. Neste trabalho, falaremos a respeito dessas idéias que se expandem no Brasil, em particular, o que não quer dizer que este artigo não sirva de ponto de partida para uma reflexão profunda sobre o que ocorre em outros países.
Implicações históricas
O Brasil, assim como os demais países da América, foi colonizado por europeus. Vale lembrar, porém, que a colonização ocorrida em terras brasileiras divergiu daquela ocorrida na América do Norte no que diz respeito aos objetivos da ocupação das terras. Enquanto os pilgrims buscavam construir uma nova nação, os portugueses que aqui aportaram, da mesma forma que piratas franceses e outros povos europeus, visavam a exploração dos recursos naturais, sem se importar com a formação de um novo povo, sem dar importância ao desenvolvimento cultural da vida mestiça que aqui se iniciava. As conseqüências desse tipo de exploração de recursos físicos e humanos são sentidas até hoje. É verdade que o Brasil é um país em desenvolvimento, mas se de um lado seus recursos tecnológicos estão cada vez mais avançados, de outro existem cada vez mais miseráveis que habitam as ruas e crianças e adultos que morrem de sede, de fome e de frio. O Brasil tornou-se independente de Portugal há mais de 100 anos. No entanto, pode-se dizer que o país ainda se encontra, de certa forma, sob o jugo de grandes potências econômicas, especialmente os Estados Unidos da América.
Críticas são ouvidas da boca dos brasileiros em relação ao governo e às condições de vida no país. Mas o brasileiro não deixa de dizer, sempre que lhe surge uma oportunidade, que este é "o melhor país do mundo" e que "Deus é brasileiro", demonstrando um comportamento etnocêntrico. E ai daquele que disser o contrário! Críticas, só da boca dos próprios brasileiros. De fora, nada é permitido.
Esta postura é compreendida pela ligação pátria que cada pessoa tem com a nação em que foi nascida. Digamos que seja algo natural, mas que pode se transformar em nacionalismo fanático. Isto, somado à falta de "treinamento" para criticar e ser criticado(a), faz com que, em certas ocasiões, as pessoas se fechem em um provincianismo exacerbado, não enxergando - ou não querendo enxergar - nada mais ao seu redor, a não ser suas próprias idéias, suas opiniões, como forma de defender seu próprio território. Talvez isto seja resquício do desejo de libertar-se do explorador que colonizou nossas terras. O problema é que essa postura faz com que se perca contato com o que de bom podemos aprender com os outros e que se deixe de ter a oportunidade de também ensinar muitas coisas. Em resumo: deixa-se de crescer. Este é um dos fatores que contribuem para que a Parapsicologia continue sendo encarada de forma deturpada e popularesca, não só pelo público em geral, mas também por acadêmicos que, influenciados por informações equivocadas sobre esse campo de estudo, vetam projetos de pesquisas e cursos em universidades. Isto dificulta o trabalho de pesquisadores sérios que não dispõem de apoio acadêmico e financeiro às suas atividades. Assim, o caminho fica aberto àqueles que se valem da Parapsicologia para fins excusos.
"Ao ouvirmos falar em Parapsicologia no Brasil, nos vem à mente um misto de idéias que envolvem crendices, superstições, religiões, ocultismo. Realmente observa-se uma miscelânea de assuntos e práticas que foram abrigados sob o guarda-chuva denominado Parapsicologia para onde tudo o que é estranho, bizarro e aparentemente fora do normal foi empurrado. Por falta de conhecimento ou por pura má fé, ao longo do tempo foram sendo semeadas informações equivocadas em terras brasileiras sobre essa "disciplina" difundida na Europa e, principalmente nos Estados Unidos da América. Em termos de divulgação popular, ventos trouxeram novidades sobre a pesquisa do paranormal; ventos aqui trataram de espalhar a notícia em terras brasileiras. Vivenciamos, todos os dias, capítulos de histórias mal-contadas por pessoas que especulam a Parapsicologia de forma equivocada, para não dizer, muitas vezes, inescrupulosa. Como num jogo de telefone sem fio, pessoas interpretaram as informações recebidas à sua maneira, satisfazendo ansiedades particulares ou, encontrando nelas uma pista para o enriquecimento e a fama." (Machado, 1996, p. 69)
Os provincianismos que nos cerceam
É interessante observar o comportamento paradoxal dos brasileiros e demais latino-americanos. Por um lado, supervalorizam tudo o que é estrangeiro, especialmente norte-americano. Há um fascínio em relação ao que é "made in USA", não só em termos de produtos manufaturados, mas também de idéias, modismos etc. É comum ouvir-se que esta ou aquela idéia é corroborada por algum(a) autor(a) americano(a) ou de que os(as) americanos(as) pensam da mesma forma. Porém, este comportamento só aparece em relação àquilo que interessa momentaneamente a pessoa de origem brasileira ou latino-americana de um modo geral. De outro lado, prega-se a valorização de nossa terra, de nossos costumes, de nossas idéias e produções em detrimento do que ocorre em qualquer outra parte do mundo. Cabe lembrar que esse comportamento etnocêntrico também ocorre na relação entre os povos latino-americanos, numa "concorrência" muitas vezes disfarçada, mas que não deixar de ser visível.
Falando mais especificamente sobre Parapsicologia, um dos problemas que enfrentamos no Brasil, assim como na América Latina em geral, é o fato de que há pessoas na área são sumamente nacionalistas e rechaçam as culturas estrangeiras, especialmente a norte-americana. Isto se deve, em grande parte, ao imenso controle que os Estados Unidos têm no mercado internacional e na cultura a nível internacional. Defende-se a idéia de que temos que encontrar nosso próprio padrão de pesquisas, libertando-nos da Parapsicologia americana e/ou européia. Acaso, porém, um grupo de psicoterapeutas brasileiros que resolvesse realizar trabalhos em sua área no Brasil, por exemplo, poderia desconsiderar tudo o que já foi e está sendo feito e discutido a respeito de psicoterapia a nível internacional? Impossível. Ainda que esse grupo quisesse criar uma nova "escola" em psicoterapia, apenas através da atualização em sua área e do intercâmbio de informações com outros psicoterapeutas é que isto poderia ser feito. O mesmo ocorreria em relação a um grupo de químicos, físicos, matemáticos, médicos etc. Em primeiro lugar, deve-se lembrar que só há possibilidade de criticar e de propor algo novo quando já se conhece muito bem determinado campo de estudo; o isolamento e a desconsideração dos avanços no campo a nível mundial não permitiriam essa atualização imprescindível. Em segundo lugar, o que se produz em ciência deve ser publicado a fim de ser conhecido e poder ser criticado e/ou contribuir para os campos de estudo. Criar "igrejinhas" não é fazer ciência.
Como fundar uma Parapsicologia brasileira, ou argentina, ou mexicana etc., apartando-nos do que ocorre no resto do mundo? Talvez essa "tentação" resulte do fato de que no campo parapsicológico, assim como em outros campos científicos, enfrentemos o grave obstáculo das barreiras de linguagem. A língua oficial da Parapsicologia é o inglês, o que causa uma série de dificuldades devido ao fato de que muitos de nossos colegas não dominam essa língua. Talvez até mesmo por problemas de linguagem a Parapsicologia experimental nos moldes americanos não tenha se desenvolvido com entusiasmo na América Latina, assim Espanha, na França na Itália. Nesses países encontramos alguns interessados, como, por exemplo, Piero Cassoli e Bruno Severi, na Itália, do Instituto Italiano, que publica os Quaderni de Parapsicologia, (Beloff, 1993, p.155) mas são muito poucos. Apesar de contar com algumas pesquisas já realizadas e outras em andamento, o Brasil, assim como os outros países latino-americanos, não tem ainda tradição na pesquisa experimental e tampouco nas pesquisas de campo em Parapsicologia.
"Estamos em uma posição de espectadores e comentaristas do passado da Parapsicologia, dos onceitos que os parapsicólogos estrangeiros nos oferecem e como observadores dos estudos que realizam. Há uma espécie de dominação consentida. Mas, há uma outra forma complementar de compreender tal situação: não temos tradição em Parapsicologia e o que fizemos até agora foi uma tentativa de reconhecer o campo. Nossa preocupação com o aspecto didático talvez seja melhor compreendida por tal posição. Não estamos só transmitindo informações e educando o povo; estamos nos educando, fazendo-nos conhecedores do que é a Parapsicologia." (Zangari, 1996, p. 249)
"Alguns não conseguem fazer pesquisas por falta de treinamento e outros fazem investigações sem ter conhecimentos sobre a metodologia necessária para realizar esses estudos. Isto inclui conhecer a importância do uso apropriado da estatística, grupos de controle, condições encobertas, ou o controles de tantos outros problemas (por exemplo, em experimentos há um problema chamado stacking effect, em que os resultados da percepção extra-sensorial podem ser artificialmente exagerados se todos os sujeitos adivinharem os mesmos alvos). Cada um de nós poderia ajudar o campo treinando a si mesmo em pesquisa científica através de estudos universitários de outro tipo." (Alvarado, 1996, pp. 227 e 228)
"A deficiência em noções de estatística é um problema que não só se encontra entre os que iniciam no campo, mas principalmente entre os profissionais. Aqueles que compreendem a Parapsicologia, em sua grande maioria, conhecem pouco de estatística. O mesmo ocorre com os entendidos em estatística: não têm interesse na avaliação dos dados obtidos pelos parapsicólogos, o que termina por diminuir a motivação para a publicação de pesquisas no campo." (Barrionuevo & Pallu, 1996, p.254)
A questão das barreiras de linguagem foi largamente discutida especialmente por Alvarado (1993) no artigo "Barreiras de Linguagem em Parapsicologia", aliás, publicado em inglês, espanhol e português. Esta é uma das principais preocupações da Associación Iberoamericana de Parapsicologia (AIPA), fundada em 1995, que tem se mobilizado a fim de juntar esforços para, entre outras atividades, traduzir artigos publicados em línguas diferentes do espanhol e do português em revistas especializadas. Desta forma, procura-se facilitar o acesso a informações sobre pesquisas e discussões realizadas especialmente nos Estados Unidos e Europa.
"Outro obstáculo que também não permite um maior avanço do conhecimento da Parapsicologia é, certamente, a barreira de linguagem. As mais importantes publicações do tema estão em língua inglesa e sua tradução a outros idiomas está obviamente condicionada a suas possibilidades comerciais, especialmente se se trata de livros. Infelizmente, se são revistas especializadas, deparamo-nos com mais alguns problemas: não são facilmente compreensíveis para aqueles que estão se iniciando no tema, e são publicações difíceis de localizar." (Monroig Grimau, 1996, p. 257)
Temos que admitir que ainda estamos engatinhando em Parapsicologia e que os recursos humanos e tecnológicos disponíveis nos EUA e na Europa são muito melhores que os nossos. É a realidade, e dela não podemos fugir. Devemos, sim, nos esforçar para melhorar nossa "performance" como parapsicólogos. Atualmente, com a globalização de informações, tudo acontece muito rápido. A internet é um recurso fantástico.
"Temos muitas vantagens sobre os fundadores da SPR [Society for Psychical Research, fundada em 1882] e da PA [Parapsychological Association, fundada em 1957]. Podemos coordenar pesquisas a longas distâncias e projetos de publicação e educação. Podemos identificar e compartilhar recursos. Se Ramon Monroig, no México, traduziu um artigo que Carlos Alvarado e eu, em Porto Rico, queremos publicar e Alejandro Parra quer distribuir na Argentina, os documentos e as discussões flem pela internet quase com a mesma eficiência com que se estivéssemos conversando de escritório em escritório." (Zingrone, 1996, p. 238)
Mas não se pode esquecer que o domínio pelo menos da língua inglesa, é imprescindível. Aliás, o estudo de línguas é fundamental para quem pretende se aventurar pelos meandros científicos. Porém, há que se escolher línguas que sejam "úteis" como ferramenta de trabalho. Grego e aramaico, por exemplo, podem ser línguas lindas e interessantes, mas no caso da Parapsicologia de nada servirão, a não ser que alguém se proponha a investigar relatos de experiências psi ocorridas na Antiguidade que se encontram documentados em manuscritos originais.
É claro que há uma certa resistência por parte de pesquisadores de língua inglesa em considerar trabalhos escritos em outras línguas que não o inglês. Este também é um comportamento etnocêntrico, que também denota provincianismo. Não deve ocorrer, porém, a cristalização dessas posturas etnocêntricas, pois se cada um dos lados se mantiver imóvel em sua posição, em nada conseguiremos progredir. Daí a importância do intercâmbio entre pesquisadores de vários países. Como derrubar as barreiras existentes se não houver contato, se um não conhecer o trabalho e as idéias do outro?
Obviamente os brasileiros, assim como os demais povos latino-americanos, têm grande potencial criativo e podem propor novos rumos nas pesquisas parapsicológicas. Mas, como já foi dito, isto tem que ser feito a nível de comunidade científica.
Evidentemente, os fenômenos psi estão intimamente ligados a questões sócio-culturais que são fundamentais para a significação da experiência para a vida da pessoa dos sujeitos que a ela são submetidos. Nesse sentido, carecemos de estudos voltados a nossas culturas e, portanto, de estudos comparativos com outras culturas. Não há problemas em que se faça uma Parapsicologia sensível à nossa cultura e às nossas necessidades como povo. O problema é rechaçar tudo o que venha dos Estados Unidos só pelo fato de que é norte-americano, dizendo que não é relevante de forma alguma para nossas necessidades. Isto é um exagero que não está baseado em procedimentos empíricos. Há evidências que mostram que a psicologia feita em outros países é aplicável à América Latina. Carlos Alvarado e Nancy Zingrone, que têm vivido em Porto Rico, têm encontrando nesse país as mesmas relações entre a absorção e as experiências parapsicológicas que se encontram em estudos feitos em outras partes do mundo. Fátima Regina Machado e Wellington Zangari que realizaram uma pesquisa de levantamento de dados em São Paulo, Brasil, (Zangari & Machado, 1996) encontraram correlações entre seus resultados e os de outras pesquisas do mesmo tipo. Não devemos esquecer que apesar das diferenças culturais, também temos muitos aspectos em comum como seres humanos.
É completamente absurdo não aceitar ou desprezar os resultados internacionais e pretender que possamos formar profissionais em Parapsicologia sem ensinar-lhes cultura parapsicológica internacional. A Parapsicologia não é européia, americana, latino-americana ou o que quer que seja. Ela não tem nacionalidade, uma vez que se destina a investigar algo próprio da natureza humana. A Parapsicologia é uma ciência internacional que tem que ser estudada em sua totalidade e tem que ser avaliada empiricamente para decidir, em cada contexto sócio-cultural o que se aplica ou não à nossa cultura. Dizer, por exemplo, que o experimento ganzfeld não se aplica aos brasileiros é absurdo quando ainda não foram feitas investigações em quantidades suficientes e em condições ideais, dadas dificuldades econômicas e - infelizmente - políticas em nosso meio. Antes de tudo, temos que ser empíricos e colocar à prova nossas idéias através da investigação.
"...uma disciplina como a Parapsicologia, que em essência precisa demonstrar a credibilidade dos fenômenos estudados e examinar o ‘modus operandi’ dos mesmos, não poderá impactar a comunidade científica com um discurso que não seja complementado pela investigação rigorosa de seus parâmetros." (Martínez Taboas, 1996, p. 235)
Contudo, não podemos ser ingênuos e pensar que trancando-nos no laboratório ou detendo-nos em nossos próprios estudos e pesquisas estaremos resolvendo nosso problema. Há que haver um equilíbrio entre as discussões teóricas e a execução de investigações. E para bem executar essas "tarefas", novamente chamamos a atenção para a importância do "saber criticar" e "ser criticado(a)", o que nós, latino-americanos de um modo geral, ainda não aprendemos. Através das críticas feitas aos nossos trabalhos podemos aperfeiçoá-los e ter insights para futuras pesquisas. Porém, se tomarmos as críticas como ofensas pessoais, não chegaremos a lugar algum. Da mesma forma, é preciso saber criticar. A crítica pela crítica, de nada vale. A crítica agressiva, fundamentada em questões pessoais, também em nada acrescenta.
"... há que se reconhecer que as dificuldades no que se refere à crítica de projetos ou de trabalhos são muito grandes. Nos Estados Unidos estamos acostumados à ocorrência de atritos nos seminários e, no entanto, vamos almoçar juntos sem brigarmos. Se não existe a discussão de idéias, projetos, ou a recusa de trabalhos inválidos, então não há ciência." (Feola, 1996, p. 241)
Como já foi dito, há uma causa maior para se lutar: o reconhecimento da Parapsicologia como disciplina científica e o esclarecimento de seus objetivos à população em geral. Para isto, devemos nos unir, juntar esforços, colaborar para melhorar nosso desempenho de cientistas em conjunto.
Conclusão
Para concluir, gostaríamos delembrar, mais uma vez, dois pontos fundamentais:
1. A comunidade científica parapsicológica - assim como qualquer outra comunidade científica - não tem nacionalidade. Fazemos parte de uma mesma família que luta por um mesmo objetivo, no caso, o desenvolvimento da Parapsicologia. Se há colegas que se comportam de forma provinciana, em vez de "devolver na mesma moeda" esse comportamento, devemos nos esforçar para lhe mostrar o quão prejudicial é esse tipo de postura.
2. A humildade é fundamental para o nosso crescimento pessoal e científico. Não nos referimos ao rebaixamento e auto-depreciação, mas à humildade de reconhecer que podemos errar, de que nem sempre todos concordarão conosco e de que ninguém termina o processo de conhecimento em um campo de estudo. Há sempre algo de novo para se aprender, pois o mundo, a cultura, a ciência e o próprio ser humano são dinâmicos.
"Muitas vezes o investigador que comete um erro o faz por inexperiência metodológica ou falta de informação, e é necessário admitir que um momento de distração ou descuido pode fazer com que isso aconteça até com o cientista mais brilhante." (Villanueva, 1996, p. 248)
Seria muito importante que os parapsicólogos/parapsicólogas que nutrem posturas extremas de desenvolvimento de um campo estritamente brasileiro (ou argentino, ou mexicano etc.), saíssem de seus países, viajassem, conhecessem ou, pelo menos entrassem em contato com o que se faz na Koestler Chair of Parapsychology (Universidade de Edimburgo/Escócia), no Rhine Research Center, (antiga Foundation for Research on the Nature of Man, Durham/NC, EUA) e que assistissem às convenções da Parapsychological Association para que ampliem seus critérios, para que se eduquem e que percebam como é necessário, atualmente, ter uma mente aberta, e ter contato com pesquisadores/pesquisadoras de outros países. Essas oportunidades de contato também são importantes para mostrar o que estamos realizando aqui, e, assim, quebrar as barreiras que nos separam. Não devemos ser provincianos. Devemos ser cidadãos do mundo no que se refere à Parapsicologia. Se não for desta forma, a Parapsicologia na América Latina se converterá em uma dessas ideologias sócio-políticas tão comuns em nossos países, que limitam a mente das pessoas de modo que elas não podem enxergar nada de valor fora de seu mundo limitado.
Tratemos de encontrar um equilíbrio. Aprendamos o que a literatura internacional nos ensina e, ao mesmo tempo, prestemos atenção à nossa cultura. Mas, façamos isto de forma empírica, realizando pesquisas. Em vez de criar barreiras, devemos abrir novas portas, novas vias de comunicação. O mundo atual é uma combinação de respeito a nossas culturas e necessidades específicas e de uma união progressiva com outras culturas, paradigmas e pontos de vista, não importa de onde estas venham. Este é o futuro da Parapsicologia em nossos países. Se não prestarmos atenção a estas dimensões da comunicação humana no Século XX, estaremos nos estrangulando, eliminando a nós mesmos. A decisão é nossa. Desejamos, sinceramente, que todos nós nos abramos à expansão, à união e à percepção de que, apesar de nossas diferenças, somos muito mais parecidos do que acreditamos.
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