sexta-feira, 30 de maio de 2008

OS TEMPLÁRIOS - "NON NOBIS DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINI TUO AD GLORIAM" - ("NÃO PARA NÓS, SENHOR, NÃO PARA NÓS, MAS PARA GLÓRIA DE TEU NOME"):


As Cruzadas

No ano 1071 os turcos mulçumanos tomaram Jerusalém. Na Europa, a Igreja Católica organizou expedições militares em direção à Terra Santa, com o objetivo oficial de reconquistar os territórios sagrados de sua religião. Essas expedições foram denominadas Cruzadas, pelo fato de que seus peregrinos usavam uma cruz nas vestimentas e bandeiras.
Com a decadência do sistema feudal europeu, tornar-se um cruzado e partir para o Oriente em busca de terras e riquezas era uma alternativa considerável. Assim, a maior parte dos soldados cruzados era composta por camponeses e mendigos. Isso sugere que havia motivos comerciais e políticos camuflados sob o objetivo religioso. Além disso, os mulçumanos não se opunham a peregrinação cristã até Jerusalém. Havia apenas pequenos conflitos entre estes grupos distintos. Os cristãos solicitaram ao Papa Urbano II que os ajudasse nessas batalhas. O Papa percebeu neste pedido um pretexto para ampliar os domínios e a riqueza da Igreja. Assim, organizou e enviou o primeiro contingente cruzado.
A primeira Cruzada partiu em novembro de 1097 e contou com um apoio intenso da população. Em 1212 promoveu-se até mesmo a Cruzada das Crianças. Num momento de declínio do exército cristão em terras orientais, milhares de meninos foram levados na convicção de que a providência Divina daria a eles o que grandes e poderosos esquadrões não foram capazes de obter. A maioria dos garotos morreu doente ou em naufrágios durante a viagem. Os poucos que chegaram ao destino foram mortos ou escravizados pelos mulçumanos. Ao todo, foram organizadas oito Cruzadas até 1270, quando os cristãos viram-se obrigados a deixarem a Palestina e outros territórios conquistados.
Os combates entre cristãos e mulçumanos são considerados por alguns pesquisadores como a primeira Guerra Mundial, pois atingiu a Europa, Ásia e África. Nesse período, várias Ordens foram fundadas para garantir a peregrinação cristã e a posse das terras: Joaninos, Pobres Cavaleiros de Cristo, Teutônica, Porta-Espada entre outras.


A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo

No ano 1118, Jerusalém já era um território cristão. Assim, nove monges veteranos da primeira Cruzada, entre eles Hugh de Payen e Gogofredo de Saint Omer, dirigiram-se ao rei de Jerusalém Balduíno I e anunciaram a intenção de fundar uma ordem de monges guerreiros. Dentro de suas possibilidades, se encarregariam da segurança dos peregrinos que transitavam entre a Europa e os territórios cristãos do Oriente. Os membros fizeram votos de pobreza pessoal, obediência e castidade.
Os denominados Pobres Cavaleiros de Cristo se instalaram numa parte do palácio que foi cedida por Balduíno, um local que outrora foi o Templo de Salomão. Por isso ficaram conhecidos como Cavaleiros do Templo, ou Cavaleiros Templários. Apenas em 1127 no Concílio de Troyes, o Papa Honório II outorgou a condição de Ordem, concedendo um hábito branco com uma cruz vermelha no peito. O símbolo era um cavalo montado por dois soldados, numa alusão a pobreza.
A Ordem desenvolveu uma estrutura básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes até soldados. A esta altura, constituída não apenas por religiosos mas principalmente por burgueses, os Templários se sustentavam através de uma imensa fortuna que provinha de doações dos reinados.
Durante um período de quase dois séculos, a Ordem foi a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos, alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e intervinham na política européia. Além de aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática. Houve até mesmo a criação de um sistema semelhante ao dos bancos monetários atuais. Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação de saqueadores. O poder dos Templários tornou-se maior que a Monarquia e a Igreja.
As seguidas derrotas das Cruzadas no século XIII, comprometeram a atividade principal dos Templários, e a existência de uma Ordem Militar com tais objetivos já não era necessária. Neste mesmo período, o Rei Felipe IV - O Belo - comandava a França. Diferente da maioria dos monarcas que eram subalternos à Igreja, Felipe se engajava em campanhas aliadas ao Clérigo, em troca de benefícios políticos.
Felipe IV devia terras e imensas somas em dinheiro aos Templários. Assim, propôs ao arcebispo Beltrão de Got uma troca de favores. O monarca usaria sua influência para que o religioso se tornasse Papa. Por sua vez, Beltrão de Got se comprometeria a exterminar a Ordem dos Templários assim que alcançasse o papado. Apenas um Papa possuía poder político para fazê-lo. No ano de 1305, Beltrão de Got sobe ao Trono de São Pedro como o Papa Clemente V.
Neste momento tinha início as acusações contra os cavaleiros e a implacável perseguição em toda a Europa. O processo inquisitório contra os Templários se estendeu por vários anos sob torturas e acusações diversas, como heresia, idolatria, homossexualismo e conspiração com infiéis. Os condenados eram levados à fogueira da Inquisição. Na França, o último Grão-Mestre da Ordem, Jacques de Molay, e outros 5 mil cavaleiros foram encarcerados pelos soldados do Rei Felipe. Na Grã-bretanha, a Ordem foi dissolvida pelo Rei Eduardo II. Na Alemanha e Suíça, os Cavaleiros foram declarados inocentes mas a Ordem também foi suprimida.
Finalmente, em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à fogueira da Santa Inquisição às margens do Rio Sena, em Paris. Há uma lenda, que agonizante em meio às chamas, o líder dos Templários amaldiçoou o Papa Clemente V e o Rei Felipe, dizendo que se os Templários tivessem sido injustamente condenados, o Papa morreria em no máximo 40 dias e o Rei dentro de um ano. O Papa morreu 33 dias após a execução de Molay e o Rei em pouco mais de 6 meses.
Em toda a Europa, a Ordem dos Templários foi oficialmente extinta. Seus bens, o imenso contingente do exército e sua estrutura foram diluídos em outras Ordens menos expressivas. Atualmente, a Ordem Rosa Cruz e a Maçonaria se consideram ascendentes diretas dos Cavaleiros Templários.


Mistérios Templários

Durante uma jornada que se estendeu por quase dois séculos e se consagrou com um alto nível de poder e popularidade, foi gerada uma série de lendas que se confundem com fatos em torno dos Templários. Realmente, é provável que tenham desenvolvido uma filosofia influenciada pela sabedoria oriental. Mas não chegava a ser uma heresia. Soma-se a isso às acusações apresentadas no período da queda da Ordem e encontra-se uma imensidão de hipóteses interessantes: desde adoração ao demônio até a influência arquitetônica.
Até mesmo os objetivos originais da Ordem dos Templários são alvos das possibilidades. Segundo especulações, sua fundação teria sido articulada por Bernardo de Claraval (São Bernardo) para buscar a Arca da Aliança e as Tábuas das Leis Divinas no Templo de Salomão. A partir do momento que foram encontradas, os Templários se desenvolveram em todos os aspectos. O Santo Graal seria apenas uma metáfora para se referir a esses tesouros.
O mito da heresia surgiu através das acusações que dissolveram a Ordem em toda a Europa. Sob tortura, os cavaleiros declaravam que cuspiam e andavam sobre a cruz, trocavam beijos obscenos no umbigo e nas nádegas (nesta época, beijo na boca entre homens era aceitável), negavam a divindade de Cristo e ainda idolatravam uma imagem demoníaca denominada Baphomet. Porém, após as sessões de tortura e a irrevogável condenação, os Cavaleiros negavam as confissões assinadas. Havia poucas evidências de que os Templários se desviaram dos conceitos básicos da Igreja Católica daquela época.
Na Grã-bretanha, Robert Bruce buscava a independência da Escócia e articulava uma batalha contra o exército do Rei Eduardo II. As tropas de Eduardo possuíam armas e um contingente muito superior ao inimigo. Mesmo assim os rebeldes escoceses combateram o exército real. Acredita-se que um grupo de cavaleiros Templários, altamente treinado, teria se refugiado na Escócia e lutado ao lado de Bruce.
Provavelmente, em 1250 os Templários já haviam estado na América. Devido ao seu grande crescimento econômico através de matéria-prima e minérios como ouro e prata, escassos na Europa, supõe-se que parte de sua riqueza já havia sido extraída do continente americano. O fato de ser uma Ordem Secreta, onde os segredos só eram transmitidos entre seus membros à medida que eram promovidos, explica a ausência de registros históricos dessas navegações. Há mapas incluindo o Brasil desde 1389.
Após a extinção da Ordem, os Templários portugueses passaram a se chamar Ordem de Cristo e mudaram sua bandeira. As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira desta nova Ordem. Pedro Álvares Cabral seria não apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas de navegação templárias para "descobrir" o Brasil.
A arquitetura gótica surgiu repentinamente durante o desenvolvimento da Ordem dos Templários. Não pode ser considerada uma continuidade da arquitetura romana, pois os conceitos entre ambas são totalmente opostos. A arquitetura romana baseia-se numa força de cima para baixo que estabiliza toda a construção. Enquanto a gótica está baseada no princípio contrário, numa força que pressiona de baixo para cima. Esses conceitos arquitetônicos e geométricos são muito avançados para o pensamento medieval. Portanto, acredita-se que a arquitetura gótica tenha surgido através de um conhecimento secreto adquirido pelos Templários, e as várias Catedrais tenham sido edificadas para guardar suas riquezas.

O DESASTRE DOS TEMPLÁRIOS:


"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!"

Foram essas as derradeiras palavras que Jacques de Monay, o 22º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, proferiu antes das chamas lhe levarem a vida. Acesa a fogueira no pelourinho nos fundos da catedral de Notre-Dame em Paris, ele ali expiou ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, imprecando contra o Papa, o Guarda-selos do rei, e o próprio soberano da França. E tinha toda a razão em lançar o anátema contra os três. Sete anos antes, um sórdido conluio entre o rei Filipe IV, o belo, e o Papa Clemente V, tendo o fiel Nogaret como executor, selara-lhe o destino.
Até então a ordem dos monges guerreiros de manto branco e cruz vermelha fora um colosso militar e financeiro. Na noite do dia 12 para 13 de outubro de 1307, as suas instalações, por todas as partes do reino, viram-se invadidas pelos oficiais de Filipe IV. Inclusive seus edifícios em Paris, denominados Ville Neuve du Temple.

Para suprema infâmia dos cavaleiros aprisionados, seus últimos dirigentes, além de terem perdido tudo, foram arrastados aos tribunais reais denunciados por Nogaret, o jurista do rei, pelas práticas de heresia e de pederastia.
Num processo forjado, nos quais os procedimentos inquisitoriais foram aplicados com a máxima crueldade possível, acusaram-nos de serem adoradores pagãos do diabólico Baphomet, de cuspirem na cruz, de negarem os sacramentos e de se entregarem a licenças sexuais uns com os outros. Arrancaram-lhes as confissões por meio de terríveis torturas e outros tormentos, quando, em meio aos urros de dor, com as carnes dilaceradas e queimadas pelo largo uso que os inquisidores fizeram do strappado e do braseiro, concordaram em dizer aos seus supliciadores o que eles queriam ouvir.
Filipe, o belo, atiçado pelas intrigas de um traidor, um ex-cavaleiro chamado Esquiseu de Floyran, o Judas dos Templários, não se conformara em desmantelar-lhes as instalações e confiscar-lhes os valores, quis também desonrá-los para sempre. Por isso, acusou-os de sodomitas. Denúncia estendida a De Monay e a outros 140 cavaleiros postos a ferros (54 deles expiram pelo fogo).


Franco-maçons e jesuítas


O fim dos Templários na França e o mistério que pairava sobre a Ordem têm provocado desde então muitas fantasias, produzindo uma prodigiosa bibliografia que nunca mais parou de crescer. Apaixonados pelo ocultismo, admiradores das seitas secretas, simpatizantes das teorias conspirativas, caçadores de tesouros perdidos ou simples curiosos, associaram-se ao longo desses séculos todos para imaginarem ou darem foros de verdade as mais diversas e incríveis histórias sobre eles. Todavia, dois fatos concretos a Ordem dos Templários terminou por inspirar, uma de viés secular e a outra religiosa: a Franco-Maçonaria e a Companhia de Jesus.
As primeiras lojas maçônicas supõe-se que aparecidas entre 1212 e 1272, herdaram-lhes o gosto pelo protocolo secreto e pela imposição do sigilo aos seus iniciados, enquanto que Inácio de Loyola, que fundou a ordem dos jesuítas, em 1534, neles se inspirou para dar corpo a um empreendimento religioso que, além do estudo e da devoção, obedecesse às regras da disciplina militar, agindo como os soldados de Cristo na luta contra a heresia e o paganismo. Deste modo, os famosos Exercícios Espirituais fixados por ele seriam uma revivência mais espiritualizada da Régle du Temple (o manual religioso-militar adotado pelos monges templários por orientação de Bernardo de Clarival).
Quanto ao destino da monarquia francesa torna-se pertinente observar que se em 1307 os cavaleiros da Ordem viram-se atacados no Templo de Paris pelos emissários armados do rei, este mesmo prédio, quase cinco séculos depois, serviu como prisão do rei Luís XVI e da sua família durante a Revolução Francesa de 1789: o Le Temple.
Dali, retirados das celas da Tour Carrée, depois de condenados, os soberanos destituídos foi conduzido à execução pela guilhotina no ano de 1793, um em janeiro e o outro em outubro. Como o número de franco-maçons, que se entendiam como sucessores dos templários, era expressivo nos meios insurgentes e revolucionários, pode-se perceber o ocorrido como um histórico acerto de contas, ainda que por estranhas vias, da desaparecida Ordem dos Templários com a Monarquia francesa. Robespierre, o incorruptível grande-mestre da revolução, vingou De Monay.

ORAÇÃO CELTA PARA PROTEÇÃO:


A Cruz dos Santos e dos Anjos estejam conosco.
Desde o alto de nossas cabeças, até o solo onde pisam nossos pés...
Oh, gloriosa Mão de Deus,
Oh, poderoso São Miguel,
Oh, gentil Santa Brígida,
Preservai-nos de todo o mal.
Oh, vós Três! Preservai- nos no caminho reto.
Preservai-nos porque somos pobres de espírito,
Preservai-nos porque somos crianças do Senhor,
Preservai-nos de todo os perigos e tentações.
A proteção dos Três está conosco neste momento!
Oh, vós Três! Colocais-nos detrás de vossos escudos!

Que assim seja e que assim se faça!

AS ERAS DAS ESTRELAS: O DESPERTAR DOS ELFOS:


Somente após muitas Eras de escuridão os Valar criaram novas luzes em Arda. Foi Varda, a Senhora das Estrelas que usando o orvalho recolhido da Árvore de Prata reascendeu as estrelas do mundo.

Então uma nova luz surgiu, e ela era como o brilhar de milhares de diamantes em uma cortina de veludo negro. As distorcidas criaturas de Melkor estavam tão desacostumadas a luz que gritaram a fugiram em pânico quando as estrelas iluminaram a Terra-média. Contam as lendas que os Valar estavam reunidos em conselho, nisso Varda afastou-se olhando das alturas da Taniquetil e contemplando a escuridão da Terra-média abaixo das inúmeras estrelas pálidas e esparsas.

Começou ela nesse instante um enorme trabalho, a maior de todas as obras dos Valar desde sua chegada a Arda. Apanhou os orvalhos de prata e ouro de Telperion e Laurelin, e com eles fez estrelas novas e mais brilhantes para a chegada dos elfos. Por isso, ela cujo nome desde as profundezas do tempo e da construção de Eä era Tintallë, a Inflamadora, foi mais tarde chamada pelos elfos de Elentári... Rainha das Estrelas. Carnil e Luinil, Nénar e Lumbar, Alcarinquë e Elemmírë ela criou naquela ocasião, e muitas outras das estrelas mais antigas reuniu e dispôs como sinais dos céus de Arda: Wilrarin, Telumendil, Soronúmë e Anarríma; e Menelmacar, com seu cinturão cintilante, prenúncio da última Batalha que ocorrerá no final dos tempos. E bem alto ao norte como um desafio a Melkor ela pôs a balançar a coroa de sete estrelas poderosas, Valacirca, a Foice dos Valar e sinal do destino.Diz-se que no momento em que Varda encerrou seus trabalhos, e eles foram demorados, quando Menelmacar foi subindo pelo céu, e a chama azul de Helluin cintilou nas névoas acima dos limites do mundo, nessa hora os Filhos da Terra despertaram, os Primogênitos de Ilúvatar. Perto do lago Cuiviénen, a Água do Despertar, iluminados pelas estrelas eles acordaram do sono de Ilúvatar. E enquanto permaneciam ainda em silêncio junto a Cuiviénen seus olhos contemplaram antes de qualquer coisa as estrelas dos céus. Por isso eles sempre amaram o brilho das estrelas e reverenciam Varda Elentári mais do que qualquer outro Vala.Muito tempo eles viveram em seu primeiro lar junto à água, à luz das estrelas, e caminhavam pela Terra maravilhados. E começaram a criar a fala e a dar nomes a todas as coisas que percebiam. A si mesmos chamaram quendi, querendo dizer aqueles que falam com vozes pois até então não haviam conhecido nenhum outro ser vivo que falasse ou cantasse.Foi assim que o Vala chamado Oromë soube do despertar das Crianças de Ilúvatar (os elfos) ele também soube da maldade de Melkor para com eles. Foi formado um conselho de guerra, todos os Valar e muitos dos Maiar foram para a Terra-média onde trouxeram as legiões de Melkor para o combate. Este conflito ficou conhecido como a Guerra Da Ira. Nele os Poderes de Arda exterminaram os exércitos de Melkor. O muro das Montanhas de Ferro foi quebrado e Utumno totalmente destruída. Assim o domínio de Melkor sobre a Terra-média terminou e ele foi levado acorrentado para Valinor e mantido prisioneiro por muitas Eras. Durante o período que Melkor permaneceu aprisionado os Elfos iniciaram a grande jornada em direção as Terras Imortais. Nem todos os Elfos conseguiram completar a Grande Jornada. Aqueles que chegaram ao continente de Aman encontram um novo lar nas terras de Eldamar, e construíram as maravilhosas cidades de Tirion, Alqualondë e Avallónë. Os que não conseguiram completar a jornada o fizeram por amor a Terra-média, escolheram viver entre os mortais... e tiveram vidas gloriosas entre os homens.Também durante as Eras das Estrelas os anões foram feitos por Aulë na escuridão da Terra-média. Pois, tão grande era o desejo de Aulë pela vinda dos Filhos para ter aprendizes a quem ensinar suas habilidades e seus conhecimentos que não se dispôs a aguardar a realização dos desígnios de Ilúvatar. E Aulë criou os anões exatamente como ainda são porque as formas dos Filhos que estavam por vir não estavam nítidas em sua mente, e como o poder de Melkor ainda dominasse a Terra desejou que eles fossem fortes e obstinados. Temendo porém que os outros Valar pudessem condenar sua obra trabalhou em segredo e fez em primeiro lugar os Sete Pais dos Anões num palácio sob as montanhas na Terra-média.

Ilúvatar soube o que estava sendo feito, e no exato momento em que o trabalho se completava e Aulë e começava a ensinar aos anões a língua que inventara para eles, Ilúvatar lhe falou: "Por que fizeste isso? Por que tentaste algo que sabes estar fora de teu poder e de tua autoridade? Pois tens de mim como dom apenas tua própria existência e nada mais. E portanto as criaturas de tua mão e de tua mente poderão viver apenas através dessa existência, movendo-se quando tu pensares em movê-las e ficando ociosas se teu pensamento estiver voltado para outra coisa. É esse teu desejo?"Envergonhado Aulë lhe respondeu: "Não desejei tamanha ascendência. Desejei seres diferentes de mim, que eu pudesse amar e ensinar para que também eles percebessem a beleza de Eä que tu fizeste surgir. Pois me pareceu que há muito espaço em Arda para vários seres que poderiam nele deleitar-se; e, no entanto em sua maior parte ela ainda está vazia e enfadonha. Na minha impaciência cometi essa loucura. Contudo a vontade de fazer coisas está em meu coração porque eu mesmo fui feito por ti. E a criança de pouco entendimento que graceja com os atos de seu pai pode estar fazendo isso sem nenhuma intenção de zombaria, mas apenas por ser filho dele. E agora o que posso fazer para que não te zangues comigo para sempre? Como um filho ao pai ofereço-te essas criaturas, obra das mãos que criaste. Faze com elas o que quiseres. Mas não seria melhor eu mesmo destruir o produto de minha presunção?"

E Aulë apanhou um enorme martelo para esmagar os anões; e chorou. Mas Ilúvatar apiedou-se de Aulë e de seu desejo em virtude de sua humildade. E os anões se encolheram diante do martelo e sentiram medo; baixaram a cabeça e imploraram clemência. E a voz de Ilúvatar disse a Aulë: "Tua oferta aceitei enquanto ela estava sendo feita. Não percebes que essas criaturas têm agora vida própria e falam com suas próprias vozes? Não fosse assim eles não teriam procurado fugir ao golpe nem a nenhum comando de tua vontade."Assim falam as lendas dos Anões, sendo Aulë amado por todos desta raça e considerado seu pai. Porém os anões sabem que foi Ilúvatar quem lhes deu o verdadeiro sopro de vida, e não o esquecem.E ainda uma outra raça foi criada neste tempo. Yavanna sentia temor por suas obras pois fora ela que criara todas as plantas e animais. Porém (pensava ela) os animais podiam correr e se defender em caso de necessidade, mas as árvores não se podiam mover, eram lentas no crescimento e seriam rapidamente derrubadas por homens, elfos e anões. Com estes pensamentos Yavanna falou a Manwë: "Meu coração está apreensivo pensando nos dias que virão. Todas as minhas obras me são caras. Não basta que Melkor já tenha destruído tantas? Será que nada do que criei ficará livre do domínio alheio?"-Pela tua vontade, o que preservarias? - perguntou Manwë - de todo o teu reino, o que te é mais caro e precioso?-Tudo tem seu valor, e cada um contribui para o valor dos outros. Mas os kelvar podem fugir ou se defender, ao passo que os olvar que crescem não. E entre estes prezo mais as árvores. Embora de crescimento demorado veloz é sua derrubada; e a menos que paguem o imposto dos frutos nos galhos pouca tristeza despertam quando morrem. É assim que vejo no meu pensamento. Quisera que as árvores falassem em defesa de todos os seres que têm raízes e castigassem aqueles que lhes fizessem mal!Ao que Manwë responde: "Quando os Filhos despertarem o pensamento de Yavanna também despertará e convocará espíritos de muito longe que irão se misturar aos kelvar e aos olvar, alguns ali residirão e serão reverenciados, e sua justa ira será temida... enquanto os Primogênitos estiverem no apogeu e os Segundos forem jovens. Não te lembras agora Kementári, que teu pensamento cantava nem sempre sozinho? Que teu pensamento e o meu tampouco se encontravam de modo que nós dois alçávamos vôo juntos como grandes aves que sobem acima das nuvens? Isso também irá se passar pela intenção de Ilúvatar; e antes que os Filhos despertem as Águias dos Senhores do Oeste surgirão com asas como o vento.

Yavanna ouviu as palavras de Manwë e alegrou-se, se levantou com os braços esticados para os céus e disse: "Crescerão muito as árvores de Kementári para que as Águias do Rei possam habitar em suas copas!"Manwë entretanto também ergueu-se; e ele parecia tão alto que sua voz descia até Yavanna como se viesse dos caminhos dos ventos: "Não Yavanna, apenas as árvores de Aulë terão altura suficiente para isso. As águias habitarão as copas das montanhas e ouvirão as vozes daqueles que clamam por nós. Mas nas florestas caminharão os Pastores de Árvores de Yavanna. Quase imortais serão feitos, fortes como a raiz da árvore mais antiga, pacientes como o correr interminável da água, e sábios com o conhecimento recebido em muitas Eras de vida. Porém não serão um povo guerreiro. Serão gentis e curiosos, mas uma vez que sua ira seja provocada ela se abaterá com a força do terremoto e do tufão... que se acautelem então os que perturbarem as árvores.Durante estes acontecimentos Melkor ainda estava aprisionado, e de suas criaturas as que não foram destruídas na Guerra da Ira estavam escondidas cheias de medo. Tão grande foi a calma que se apoderou do mundo que estes anos ficaram conhecidos como A Paz de Arda. Foram anos em que os Elfos e outros povos livres prosperaram como nunca, e sua sabedoria e força aumentaram até seu ápice. Foi nas Eras das Estrelas que os elfos da Terra-média em Beleriand fundaram um grande reino, esses elfos foram os Teleri que seguiam o alto rei Élfico Thingol e a rainha Melian, que era uma Maia. Os elfos do reino de Beleriand eram conhecidos como Elfos Cinzentos, ou apenas como Sindar, tinham seu reino na grande floresta de Doriath, e sua capital era Menegroth das Mil Cavernas. Essa grande mansão foi esculpidas pelos Anões de forma a simular uma floresta de faias. Árvores, pássaros e animais silvestres foram esculpidos em pedra, e seus salões eram iluminados por lâmpadas de cristal e arejados por fontes naturais. Era uma das grandes maravilhas da Terra-média.Por muito tempo os senhores de Sindar foram os Elfos mais poderosos da Terra-média. A exceção dos orcs não tinham nenhum inimigo, mas como aliados tinham os Laiquendi, chamados de Elfos Verdes, e os Anões de Belegost e Nogrod das Montanhas Azuis. Estes reinos do Anões de Nogrod e Belegost prosperaram em seu comércio com os Elfos de Beleriand através das Eras das Estrelas. Mestres em esculpir a pedra, eles escavaram amplas galerias sob as Montanhas Azuis em busca de metais preciosos e foram contratados pelos Elfos para escavarem a maior parte dos grandes corredores e salas de Menegroth. Os Anões de Nogrod eram considerados os melhores ferreiros da Terra-média e forjaram espadas e lanças do aço mais nobre, enquanto os Anões de Belegost eram os melhores no feitio de malhas de aço e armaduras à prova de dragões. Tão grande era a força do reino de Beleriand que sua aliança com outros Elfos se estendeu até a grande floresta de Eriador. Muito além da floresta de Eriador existia o maior reino dos Anões na Terra-média. Era chamado de Kazad-dûm, a Montanha dos Anões. Durante as Eras das Estrelas esse reino prosperou e estendeu seus salões por enormes cordilheiras de montanhas... embora seu papel das histórias de Beleriand tenha sido de pequena importância. As histórias dos Elfos contam que as Eras das Estrelas duraram dez mil anos dos mortais. Foram as eras de maiores descobertas onde foram criadas maravilhas e acumulados conhecimentos nunca superados. Mas isso teve um fim quando Melkor foi libertado de seu cativeiro no continente de Aman. Fingindo estar arrependido de suas ações ele esperou os outros Valar baixarem sua vigilância e destruiu as duas Árvores dos Valar fugindo em seguida de volta a Terra-média onde se refugiou em Angband nas Montanhas de Ferro.Com isso a Paz de Arda teve um fim abrupto e a guerra se espalhou por toda a Terra-média. Assim as Eras das Estrelas tem um triste final.

AS ERAS DAS ÁRVORES: TELPERION E LAURELIN:


Por detrás das impenetráveis muralhas das Pelóri, os Valar estabeleceram seu domínio na região chamada Valinor; e ali ficavam suas casas seus jardins e suas torres. Nesse território seguro, os Valar acumularam enorme quantidade de luz e tudo de mais belo que fora salvo da destruição.

E valinor foi abençoada, pois os Imortais ali moravam e nada desbotava nem murchava; não havia mácula alguma em flor ou folha naquela terra; nem nenhuma decomposição ou enfermidade em coisa alguma que fosse viva pois as próprias pedras e águas eram abençoadas. E quando Valinor estava pronta e as mansões dos Valar instaladas, no meio da planície do outro lado das montanhas eles construíram sua cidade, Valmar de muitos sinos.

Diante de seu portão ocidental, havia uma colina verdejante chamada Ezellohar, Yavanna a consagrou e ficou ali sentada muito tempo sobre a relva verde entoando uma canção de poder na qual expunha o que pensava sobre as coisas que crescem na terra. Nienna, porém, meditava calada e regava o solo com lágrimas. Naquele momento os Valar reunidos para ouvir o canto de Yavanna estavam sentados, em silêncio, em seus tronos do conselho no Máhanaxar, o Círculo da Lei junto aos portões dourados de Valmar; e Yavanna Kementári cantava diante deles, e eles observavam.E enquanto olhavam viram surgir sobre a colina dois brotos esguios; e o silêncio envolveu todo o mundo naquela hora, não havia nenhum outro som senão o canto de Yavanna. Em obediência a seu canto as árvores jovens cresceram e ganharam beleza e altura; e vieram a florir; e assim, surgiram no mundo as Duas Árvores de Valinor. De tudo o que Yavanna criou ambas são as mais célebres, e em torno de seu destino são tecidas todas as histórias dos Dias Antigos.

Uma tinha folhas verde-escuras, que na parte de baixo eram como prata brilhante; e de cada uma de suas inúmeras flores caía sem cessar um orvalho de luz prateada; e a terra sob sua copa era manchada pelas sombras de suas folhas esvoaçantes. A outra apresentava folhas de um verde viçoso, como o da faia recém-aberta, orladas de um dourado cintilante. As flores balançavam nos galhos em cachos de um amarelo flamejante, cada um na forma de uma cornucópia brilhante, derramando no chão uma chuva dourada. E da flor daquela árvore, emanavam calor e uma luz esplêndida. Telperion, a primeira era chamada, mas Laurelin era a outra, e ambas eram irmãs.Em sete horas a glória de cada árvore atingia a plenitude e voltava novamente ao nada; e cada uma despertava novamente para a vida uma hora antes de a outra deixar de brilhar. Assim em Valinor duas vezes ao dia havia uma hora suave de luz mais delicada, quando as duas árvores estavam fracas e seus raios prateados e dourados se fundiam. Telperion era a mais velha das árvores e chegou primeiro à sua plena estatura e florescimento; e naquela primeira hora em que brilhou com o bruxulear pálido de uma alvorada de prata os Valar não incluíram na história das horas, mas lhe chamaram de Hora Inaugural, e a partir dela passaram a contar o tempo de seu reinado em Valinor.Portanto à sexta hora do Primeiro Dia, e de todos os dias jubilosos que se seguiram até o Ocaso de Valinor Telperion interrompia sua vez de florir; e na décima segunda hora era Laurelin que o fazia. E cada dia dos Valar em Aman continha doze horas e terminava com a segunda fusão das luzes na qual Laurelin empalidecia e Telperion se fortalecia. Contudo a luz que se derramava das árvores persistia muito antes de ser levada para as alturas pelos ares ou de afundar terra adentro. E das gotas de orvalho de Telperion e da chuva que caía de Laurelin, Varda armazenava em enormes tonéis como lagos brilhantes que eram para toda a terra dos Valar como poços de água e luz. Assim começaram os Dias de Bem-aventurança de Valinor; e assim começou a Contagem do Tempo.Porém, enquanto as Eras se aproximavam da hora estabelecida por Ilúvatar para a chegada dos Primogênitos, a Terra-média jazia numa penumbra sob as estrelas que Varda havia criado nos tempos remotos da sua labuta em Eä. E nas trevas habitava Melkor, e ele ainda saía com freqüência sob muitos disfarces de poder e terror, brandindo o frio e o fogo dos cumes das montanhas às fornalhas profundas que se encontram sob elas; e tudo o que fosse cruel, violento ou fatal naqueles tempos é a ele atribuído.
Uma vez aconteceu de Oromë cavalgar mais para o leste em sua caçada e ele se voltou para o norteàs margens do Helcar, e passou à sombra das Orocami, as Montanhas do Leste. E então Nahar começou a relinchar muito e estancou, imóvel. E Oromë se perguntou o que seria e ficou calado. Pareceu-lhe ouvir ao longe no silêncio da terra sob as estrelas o canto de muitas vozes.Foi assim que os Valar encontraram afinal, como que por acaso, aqueles que por quem há muito esperavam. E Oromë ao contemplar os elfos encheu-se de admiração, como se eles fossem seres inesperados, maravilhosos e imprevistos; pois assim sempre será com os Valar. De fora do Mundo, embora todas as coisas possam ser prenunciadas em música ou previstas em visões remotas, para aqueles que realmente entrem em Eä uma coisa de cada vez os apanhará desprevenidos como algo novo e inaudito.No início os elfos eram mais fortes e imponentes do que se tornaram desde então; mas não eram mais belos; pois embora a beleza dos quendi nos dias de sua juventude superasse qualquer outra que Ilúvatar tenha feito surgir, ela não pereceu mas vive no oeste, e a tristeza e a sabedoria a enriqueceram. E Oromë amou os quendi e os chamou em sua própria língua de eldar, o povo das estrelas. Esse nome entretanto só foi usado por aqueles que o seguiram na estrada para o oeste. Foi assim que, quando Nahar relinchou e Oromë de fato surgiu entre eles alguns dos quendi se esconderam, e alguns fugiram e se perderam. Mas aqueles que tiveram coragem e permaneceram rapidamente perceberam que o Grande Cavaleiro não era nenhuma forma saída das trevas, pois a luz de Aman estava em seu semblante, e todos os mais nobres elfos se sentiam atraídos por ela.Oromë demorou-se um pouco entre os quendi e então voltou veloz por terra e mar a Valinor trazendo as notícias a Valmar; e falou das sombras que perturbavam Cuiviénen. Alegraram-se então os Valar, e no entanto sentiam alguma dúvida em meio ao júbilo; e debateram muito qual seria a melhor decisão a tomar para proteger os quendi da sombra de Melkor. Oromë porém, voltou de imediato a Terra-média para morar com os elfos. Em pouco tempo os Valar decidiram ir a guerra contra Melkor, e a oeste dos poderes do oeste marchou para a guerra na Terra-média.


Melkor enfrentou a investida dos Valar no noroeste e toda a região sofreu grande destruição. Mas a primeira vitória dos exércitos do oeste foi rápida e os servos de Melkor fugiram perseguidos até Utumno. Então os Valar cruzaram a Terra-média e montaram guarda para vigiar Cuiviénen; daí em diante os quendi nada souberam da grande Batalha dos Poderes senão que a terra tremia e gemia sob seus pés e as águas mudavam de lugar; e ao norte havia clarões como os de enormes fogueiras. Longo e angustiante foi o cerco a Utumno e muitas batalhas foram travadas diante de seus portões, das quais nada chegou aos ouvidos dos elfos a não ser rumores.Finalmente, porém, os portões de Utumno foram arrombados e seus salões destelhados; e Melkor foi refugiar-se em sua masmorra mais profunda. Tulkas apresentou-se então para defender os Valar. Lutou com ele e o lançou de rosto no chão. E Melkor foi acorrentado com Angainor, a corrente que Aulë havia feito, e levado prisioneiro... e o mundo teve paz por três longas eras.Três Eras de encarceramento, este foi o julgamento dos Valar. E por três Eras Melkor foi mantido prisioneiro nos Salões de Mandos sem que Angainor fosse removida. Porém quando este tempo passou Melkor foi novamente recebido pelos Valar, e diante dos portões de Valmar Melkor humilhou-se aos pés de Manwë e suplicou seu perdão, jurando que se pudesse ser equiparado mesmo ao mais ínfimo dos seres livres de Valinor ajudaria os Valar em todas as suas obras e, principalmente na cura dos muitos danos que causara ao mundo.Concedeu-lhe então Manwë o perdão; mas os Valar ainda não se dispunham a deixá-lo partir para fora do alcance de sua visão e de sua vigilância; e ele foi obrigado a permanecer dentro dos portões de Valmar. Entretanto eram aparentemente justos todos os atos e palavras de Melkor naquela época; e tanto os Valar quanto os eldar se beneficiavam de sua ajuda e de seus conselhos se os procurassem. Portanto dentro de pouco tempo ele recebeu permissão para andar livremente pelo território de Aman; mas em seu coração Melkor odiava acima de tudo os eldar, tanto por serem belos e alegres quanto por ver neles a razão para o ataque dos Valar e sua própria derrota. Por esse motivo mais ainda simulava amor por eles, procurando sua amizade e lhes oferecendo seu conhecimento e seus serviços em qualquer grande obra que quisessem empreender.

Ora... passado algum tempo Melkor foi a Avathar e assumiu novamente a forma que havia usado como tirano de Utumno: a de um Senhor cruel, alto e terrível. Nessa forma ele permaneceu eternamente. Ali, nas sombras negras fora do alcance até mesmo dos olhos de Manwë em seus altos palácios, Melkor tramou sua vingança aliando-se a Ungoliant... a aranha gigante do submundo.Um manto de trevas ela teceu ao redor de ambos quando Melkor e ela avançaram: uma antiluz, na qual as coisas pareciam não mais existir e os olhos não conseguiam penetrar porque ela era vazia. E então lentamente ela começou a criar suas teias: corda a corda, de fenda em fenda, de rocha saliente até pináculo de pedra, sempre subindo, arrastando-se e se agarrando até afinal chegar ao próprio cume de Hyarmentir, a montanha mais alta naquela região do mundo, muito ao sul da enorme Taniquetil. Ali os Valar não vigiavam; pois a oeste das Pelóri havia uma terra vazia na penumbra e a leste as montanhas, à exceção da região esquecida de Avathar davam apenas para as águas turvas do mar inexplorado.Agora porém no topo da montanha estava Ungoliant. Ela teceu uma escada de cordas trançadas e a jogou para baixo. E Melkor subiu por essa escada e chegou àquele lugar nas alturas, parou a seu lado e baixou o olhar até o Reino Protegido. Abaixo deles estavam os bosques de Oromë e a oeste tremeluziam os campos e as pastagens de Yavanna, dourados abaixo do alto trigo dos deuses. Melkor olhou para o norte e avistou ao longe a planície reluzente e os domos de prata de Valmar, cintilando à mescla de luzes de Telperion e Laurelin. Deu então uma forte risada e desceu veloz pelas longas encostas ocidentais. E Ungoliant estava a seu lado, e sua escuridão os encobria.Naquele mesmo instante Melkor e Ungoliant atravessaram apressados os campos de Valinor como a sombra de uma nuvem negra ao sabor do vento que passa veloz sobre a terra ensolarada. Os dois chegaram à colina verde de Ezellohar, então a antiluz de Ungoliant subiu até as raízes das Árvores e Melkor de um salto escalou a colina. E com uma lança negra atingiu cada Árvore até o cerne ferindo ambas profundamente. A seiva jorrou como se fosse seu sangue e se derramou pelo chão, Ungoliant tudo sugou; e indo de uma Árvore a outra grudou seu bico negro nos ferimentos até que as esgotou. E o veneno da Morte que ela continha penetrou em seus tecidos e as fez murchar, na raiz, no galho, na folha... a as árvores morreram. Einda assim Ungoliant sentiu sede. Foi até os Poços de Varda e também os secou arrotando vapores negros enquanto bebia; e inchou tanto e de forma tão horrenda que Melkor sentiu medo.Das alturas de Taniquetil Varda olhou para baixo e viu a Sombra que se erguia em súbitas torres de trevas. Valmar havia mergulhado num profundo mar noturno. Logo a Montanha Sagrada estava só, uma última ilha num mundo submerso. Toda a música cessou. Reinava o silêncio em Valinor e não se ouvia nenhum som além de algo que vinha de longe, com o vento atravessando a passagem nas montanhas: o lamento dos elfos como o grito frio de gaivotas. Pois o vento soprava gelado do leste naquela hora e as vastas sombras do mar rolavam contra as muralhas do litoral. Manwë, porém de seu trono elevado olhou ao longe; e somente seus olhos atravessaram a noite até que divisaram uma Escuridão mais do que escura, na qual não conseguiam penetrar imensa mas muito distante, movendo-se agora para o norte a grande velocidade. E ele soube que Melkor havia vindo e ido embora.Teve início então a perseguição. E a terra tremeu com os cavalos da hoste de Oromë, e as faíscas acesas pelos cascos de Nahar foram a primeira luz que voltou a Valinor. Porém, assim que qualquer um deles alcançava a Nuvem de Ungoliant os cavaleiros dos Valar ficavam cegos e apavorados, e se dispersavam e não sabiam para onde estavam indo; e o som da Valaróma hesitava e se calava. Tulkas parecia alguém preso a uma teia negra à noite, e ele estava ali indefeso, debatendo-se em vão no ar. Mas quando a Escuridão passou era tarde demais. Melkor havia fugido para onde queria, e sua vingança estava consumada.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A COR QUE ME ILUMINA:



Toda bruxa que se preze tem o seu arsenal mágico, eu particularmente não tenho nenhum instrumento por segurança.Eu só uso o meu indicador (ou dedo de júpiter) da mão que escrevo (ou mão dominante), meu coração, minhas mãos e minha mente.Dizem que para cada ritual existe uma determinada cor de vela, mas sempre usei velas brancas para qualquer tipo de ritual, pois o branco para alguns como para mim é a presença de cor e o preto é justamente o contrário.O branco é a paz, a força que precisamos ter para fazer algo bem feito e com amor.


Cristina.

domingo, 25 de maio de 2008

FICUS - A ÁRVORE:


Por razões misteriosas, os seres divinos preferem contactar-nos, no nosso restrito vale-de-lágrimas, junto a árvores. A macieira do paraíso foi instrumento essencial na origem do pecado, momento oportunamente presenciado por uma cobra enroscada nos ramos perfumados de maçã madura; também haveria por perto uma figueira, que forneceu o primeiro pronto-a-vestir da história; por cá, a azinheira da Cova da Iria terá cumprido o seu papel de cenário para as revelações aos pastorinhos, servindo ainda de altar em capela improvisada ao ar livre. A Ficus religiosa faz parte deste clube de testemunhas privilegiadas: a sua presença e sombra terão inspirado sabedoria, sanidade perfeita e uma profunda consciência do universo, e é por isso árvore sagrada nos rituais da religião budista.O género Ficus, da família Moraceae, conta com mais de 1000 espécies, em geral de folha perene, que apreciam climas amenos em regiões tropicais ou subtropicais e são muito usadas como árvores ornamentais. As flores são diminutas e estão ocultas em cápsulas polposas que depois se transformam nos frutos: um doce figo lampo é afinal um estojinho de flores.A espécie religiosa, originária da China e Índia, é inconfundível pelas folhas de base larga, com nervuras bem marcadas, pecíolos compridos - que dão à copa um ar gaiato -, margens inteiras mas onduladas, e um ápice que se estreita abruptamente e se prolonga numa ponta pronunciada. Há notícia de árvores desta espécie, plantadas há centenas de anos em adros de templos budistas na Ásia, que exibem ainda hoje porte magnífico e são referências entre peregrinos. O exemplar mirrado da foto vegeta em lugar de solo pobre e pouco soalheiro no Jardim Botânico do Porto.

EM COMUNHÃO COM OS ANJOS:


Alegre-se, as hostes angélicas andam superativas entre nós! É a inspiração dos anjos pousando sobre a mente e o coração das pessoas de boa vontade, por graça do projeto divino, para os novos tempos da nossa nave Terra.
Na década de 90, que também tem sido chamada de "a década dos seres de Luz", esses mensageiros de Deus estão cada vez mais presentes na vida do ser humano, atraídos pelas faixas vibratórias de uma nova consciência, que ensaia os primeiros passos rumo às futuras transformações coletivas. Afinal, chegou o profetizado dia em que os anjos entrariam em comunhão conosco, para auxiliar o nosso despertar. Cabe-nos agora a tarefa de cooperar com eles, como acontecia no princípio dos tempos, quando o homem convivia de maneira natural com esses ministros de Deus. Por isso nutrimos intuitivamente uma atração por eles.
Angelologia é a ciência voltada ao estudo do contagiante mundo dos anjos, os grandes agentes da circulação energética no cosmos. Convém lembrar que os espíritos da natureza, ou elementais (gnomos, duendes, fadas, elfos, ondinas, salamandras e tantos outros), também pertencem ao reino angélico e tem como função retransmitir a energia divina fluente do centro do universo para seus respectivos elementos.
"Deva" é um termo apropriado para nos referirmos a todo ser dessa escala evolutiva, do mais simples elemental ao magistral anjo da primeira hierarquia, conhecido por Serafim - aquele que vê a face de Deus.
"Anjo", do grego angelos, que significa mensageiro, é o ser que estabelece a ponte entre as esferas celestiais e o plano em que vivemos.
Todas as grandes religiões, como o cristianismo, o judaísmo, o budismo, o hinduísmo ou o islamismo, consideram o seu papel de auxiliares do desenvolvimento humano. Curiosamente, os primeiros papas da igreja aconselhavam os fiéis a criarem anjos "artificiais", dada a importância de poder dispor de um canalizador de energia nos momentos de necessidade. Aliás, muitas vezes nós os criamos, até inconscientemente, como formas-pensamento, aplicando a visualização criativa.
Existem inúmeras categorias de anjos da guarda e permanece constantemente dentro da sua aura luminosa. É possível que alguém que desempenhe um trabalho muito importante tenha junto de si uma assessoria de anjos transmitindo-lhe energia.
O anjo é um ser essencialmente passivo, e se uma pessoa não for permeável às suas influências, ele jamais interferirá no seu livre-arbítrio.
No fundo, o que ele inspira é amor, a qualidade que abre as portas do coração e da mente dos seres humanos, e o que lhes dá é conhecimento do lar celestial.
Mas quem quiser beneficiar-se com a ação dos anjos em sua vida, e sentir assim uma felicidade crescente, deve possuir algumas qualidades indispensáveis a qualquer aspirante. Simplicidade, pureza, retidão e impessoalidade são atributos essenciais, além do hábito de cultivar pensamentos, palavras e atos o mais elevados possível e empenhar-se em fazer algo realmente grandioso de todas as coisas, reconhecendo a presença divina dentro do seu cotidiano.
Embora a popularização do assunto venha trazendo ao público várias representações dos anjos, a verdade é que eles não têm forma, pois constituem uma vibração, uma quantidade de fluído cósmico. Entretanto, podem apresentar-se ao observador por meio de uma imagem os identifiquem a partir de informações da sua própria mente. Outras vezes aparecem como grandes formas ovais concêntricas de luz ou clarões sem forma. Os anjos do lar, por exemplo, atingem aproximadamente dois metros de altura e costumam postar-se num dos ângulos da casa, que se torna o melhor lugar para uma pessoa ler ou descansar, para uma planta vicejar ou um cachorro dormir. Para comunicar sua presença, os anjos podem produzir luzes coloridas, aromas sutis ou ainda emitir uma música de rara beleza, originada nas esferas superiores ou no suave ruflar de suas asas.
Dentro da hierarquia angélica definem-se nove coros celestiais, na seguinte ordem:
Serafins: são descritos com seis asas e envolto por chamas de fogo, têm poderes de purificação e iluminação, difundem o princípio da vida universal e manifestam a glória de Deus. Uriel é seu líder.
Querubins: trazem penas de pavão cheias de olhos, simbolizando a onisciência divina. Zelam pela ordenação do caos universal, pela sabedoria, e nos ofertam o conhecimento e as idéias. Jophiel é seu líder.
Tronos: identificados por uma roda de fogo, cuidam do trono de Deus e apresentam o sentido de união ao homem. São liderados por Japhkiel.
Domínios: almejam a verdadeira soberania e têm no cetro e na espada seus símbolos do poder divino sobre a criação. Afloram no homem a força para subjugar o inimigo interior. Zadkiel é seu líder.
Virtudes: expressam a vontade de Deus e zelam pelo reino mineral, oferecendo discernimento ao homem. São liderados por Haniel.

Potestades: são representados com espadas flamejantes. Responsabilizam-se pela ordem e protegem a humanidade dos inimigos exteriores. Zelam pelos elementos água, terra, fogo e ar. Raphael é seu líder.
Principados: portam cetros e cruzes e vigiam as lideranças, pois atribuem ao homem a submissão. Têm responsabilidade sobre o reino vegetal. Chamael é seu líder.
Arcanjos: também conhecidos como espíritos planetários lideram os anjos e são responsáveis pelo reino animal. São liderados por Miguel.
Anjos: são seres de luz que zelam pela gênese do homem e seu desenvolvimento espiritual, sem ocuparem postos ou desempenharem atribuições especiais nas fileiras do exército celestial.
Há pesquisadores da angelologia que estabelecem diversas outras categorias, conforme suas experiências de contato intuitivo com os anjos em suas missões junto ao homem. De acordo com eles há anjos embelezadores da vida, anjos psicológicos, anjos do momento e anjos pessoais, para citar alguns dos mais comentados.
A música e a beleza são as dádivas desses seres, os canais de expressão de toda qualidade e movimento divinos, pois o belo é de natureza sagrada e nele reconhecemos a presença de Deus. Assim, existem anjos da música, da arte, da cor e da forma presidindo o trabalho de artistas, inspirando pessoas sensíveis à sua influência.
Os anjos não desejam ser adorados nem exigem rituais sofisticados em troca do que têm a nos ofertar. Se você quiser invocá-los, parta do princípio de que o amor é a condição básica para tê-los por perto, para permanecer em comunhão com a alegria, a luz e o poder que deles emanam. Se desejar promover um sentimento de fraternidade e paz em sua casa, uma idéia é oferecer aos anjos do lar um pequeno altar, que poderá perfeitamente permanecer exposto como um arranjo decorativo, invocatório. Prepare-o com essa intenção, reunindo cristais, flores, incenso, água, uma vela ou o que mais achar importante, e componha esses elementos ao seu bel-prazer, com o pensamento voltado para o que irá pedir às forças angélicas, e assim eles se farão presentes. Lembre-se: aquele que acredita no divino é porque o traz dentro de si.
Os regentes dos dias da semana:
Miguel – Arcanjo do Sol.
Dia: Domingo. Governa todas as questões de ambição, carreira e finanças.
Gabriel – Arcanjo da Lua.
Dia: Segunda-feira. Governa todas as questões ligadas às mulheres, à concepção e à clarividência natural.
Samuel – Arcanjo de Marte.
Dia: Terça-feira. Transmite-nos coragem e nos protege dos perigos do fogo e da violência.
Rafael - Arcanjo de Mercúrio.
Dia: Quarta-feira. Governa a inteligência, os escritos e a medicina.
Saquiel - Arcanjo de Júpiter.
Dia: Quinta-feira. Governa os ganhos de dinheiro, prestígio e também os esportes e os jogos de azar.
Anael - Arcanjo de Vênus.
Dia: Sexta-feira, Governa o amor, o casamento e tudo que se relacione arte, beleza e música.
Cassiel - Arcanjo de Saturno.
Dia: Sábado, Governa a prosperidade, influência os anciãos , os assuntos cármicos e o destinos da humanidade.

sábado, 24 de maio de 2008

A CROMOTERAPIA DAS VELAS:


SIGNIFICADO DAS CORES

Amarelo: Intelecto, criatividade, unidade, trazendo o poder da concentração e da imaginação para o ritual; feitiços que envolvam confidências, atração, charme, persuasão, aprendizagem, quebrar bloqueios mentais. Em geral para estimular os estudos. Simboliza também a energia solar, ação, inspiração e mudanças súbitas.
Dia da semana Quarta-Feira.


Dourado: Ativa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; beneficia rituais para atrair dinheiro ou sorte rapidamente. Simboliza a energia solar. Poderes divinos masculinos, feitiços e rituais para renovar a negatividade, encorajar, estabilidade e atrair as influências da Deusa.
Dia da semana Quarta-Feira.

Azul: Espiritual para rituais que necessitam de harmonia, luz, paz, sonhos, saúde, magia que envolva honra, bondade, tranquilidade, verdade, conhecimento, proteção durante o sono, estabilidade, projeção astral, feitiços que envolvam sonhos proféticos, calma, criatividade, paciência, para estabilidade no emprego, sabedoria, poder oculto, proteção, compreensão, fidelidade, harmonia domestica e paciência.
Dia da semana Quinta-Feira.

Índigo: Cor da inércia, para parar pessoas ou situações; use em rituais que requeira um elevado estado de meditação; neutraliza a magia lançada por alguém, quebra maldições, mentira ou competição indesejada. Equilibra o karma. Energia de Saturno.
Dia da semana Quinta-feira.


Azul Royal: Promove alegria e jovialidade; use para atrair a energia de Júpiter ou para qualquer energia que você queira potencializar.
Dia da semana Quinta-Feira.


Azul Claro: Cor espiritual; ajuda nas meditações de devoção e inspiração; traz paz tranquilidade para casa. Erradia a energia do signo de Aquário; sintetiza as situações. Dia da semana Quinta-Feira.

Branco: É a mistura de todas as cores; alinhamento espiritual, meditação, divinação exorcismo, feitiços que envolvam cura; paz, pureza, alto astral, consagração, clarividência, verdade, força espiritual, energia lunar, limpeza, saúde, poder, totalidade. Em geral para todos os pedidos e quando você não souber a cor correspondente para o seu pedido.
Dia da semana Quarta-feira.

Laranja: Feitiços para estimular energia, alcançar metas profissionais, justiça e sucesso. Em geral para a criatividade.
Dia da semana Terça-feira.

Marrom: Feitiços para localizar coisas perdidas, para melhorar os poderes de concentração e telepatia, proteção de familiares e animais domésticos, equilíbrio, para rituais de força material; elimina a indecisão, atrai o poder da concentração, estudo, telepatia, sucesso financeiro.
Dia da semana Quarta-feira.

Preta: Para afastar mau-olhado, limpar a negatividade, abre os níveis do inconsciente; usado em rituais para induzir um estado de meditação; simboliza a reversão, desdobramento, discórdia, proteção, libertação, repelindo a magia negra e formas mentais negativas. Atrai a energia de Saturno.
Dia da semana Sábado.


Púrpura ou Roxa: Manifestações psíquicas, cura e feitiços envolvendo poder, idealismo, progresso, quebra de má sorte, proteção, honra, afastar o mal, adivinhação, contato com entidades astrais, energia de Netuno.
Dia da semana Quarta-feira.


Verde: Feitiços que envolvem fertilidade, sucesso, sorte, prosperidade, rejuvenescimento, dinheiro, ambição, saúde, finanças, cura, crescimento, abundancia, generosidade, casamento, equilíbrio e harmonia. Em geral para desejos de cura e sorte.
Dia da semana Sexta-feira.


Verde Esmeralda: Importante componente num ritual venusiano; atrai amor, fertilidade e relação social.
Dia da semana Sexta-feira.

Verde Escuro: Cor ambição, cobiça, inveja e ciúme; coloca as influencias dessas forças em um ritual.
Dia da semana Sexta-feira.

Vermelho: Saúde, energia, potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder, aumento do magnetismo em um ritual; energia dos signos de areis e escorpião. Para a conquista do medo, preguiça, vingança, atingir metas.
Dia da semana Quarta-feira.


Cinza: Cor neutra; ajuda a meditação; na magia, esta cor simboliza confusão, mais também neutraliza as forças negativas.
Dia da semana Sábado.

Prateado ou Cinza Claro: Feitiços que atraem o poder de influências cósmicas, rituais de honra à deidades do Sol, remove a negatividade e encoraja a estabilidade; ajuda a desenvolver as habilidades psíquicas. Atrai a energia da Grande Mãe. Vitória, meditação, poderes divino feminino.
Dia da semana Sábado.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O RITUAL DA LUA NEGRA:


Com seu athame ou varinha, trace o círculo de poder. Invoque os quadrantes e elementos, acendendo suas respectivas velas (Norte – vermelha, Sul – laranja, Leste – amarela e Oeste - azul). Convide agora para participar do rito, se amigos do astral (espíritos e divindades com q possua afinidade). Toque o sino três vezes e diga:


“Neste dia de Magia e Poder,
No limiar entre os tempos,
Com o poder dos Magos e Bruxas Ancestrais e
A proteção da Grande Perséfone – Rainha do Submundo,
Dou início a esse Ritual de Esbat da Lua Negra.”



Acenda os incensos e as três velas negras e invoque agora a Deusa Negra:


“Oh Grande Lua Negra,
Eu te invoco,
Venha até mim,
É seu filho(a), q te chama.
Venha sob suas inúmeras facetas.
Venha Lilith sagrada, Perséfone, Kali, Hécate, Nix, estejam todas presentes.
Venham me purificar, me proteger, me ensinar.”


Coloque a música q te agrade e feche os olhos. Agora vá visualizando a Deusa Negra chegando bem perto de vc, a Deusa das passagens, q sempre traz mudanças em sua vida, a Deusa das reviravoltas. Sinta-a, veja-a se aproximando, sinta a respiração dela cada vez mais próxima de vc. Quando perceber sua presença, pergunte suas dúvidas, confidencie-lhe seus sentimentos, seus medos, seus desejos. Peça a ela q leve os males de sua vida e te deixe totalmente puro. Lembre-se de agradecer por tudo q ela tem feito na sua vida, todas as passagens, as mudanças. Até aquela mudança q deixou vc muito triste na época, q te fez sofrer muito, agradeça a ela. Não se esqueça de q há males q vêm para o bem. Agradeça, pois infelizmente o ser humano é um tanto egoísta, ele sempre lembra de pedir. De agradecer, às vezes ele se esquece.

Após conversar com a Senhora, encha ma taça de vinho e beba a bebida dos Deuses em homenagem a ela. Agora dance para a Lua, dance com Kali, Perséfone, Tiamat, Morgana, Nix, Hécate, a Madonna Negra, etc... Sinta cada uma delas, veja como elas te dão forças, como elas renovam o seu poder. Perceba a mudança, essa energia tão diferente circulando bem forte em vc. Erga uma taça de vinho para a Deusa Negra e diga:



“A ti, Grande Deusa Negra, Senhora das passagens, da Morte.
Ofereço-lhe essa taça de vinho em agradecimento por tudo.
De todo meu amor e carinho, brindo a
Alegria de ser seu filho.
De ti vim e a ti,
voltarei com alegria.”




Agradeça à presença das Deusas Negras, dos elementos e desfaça o círculo mágico.

Cristina

BEM VINDO À MINHA MORADA:


Olá. O que o trouxe a este lado da floresta onde a muito o homem não consegue chegar? Se veio a minha procura, tenho certeza que algo traz em seu coração. Se perdeu-se da escuridão da floresta e chegou aqui, saiba que tudo tem a mão dos Deuses. Neste nosso mundo, nada acontece por acaso.
Ao passar rapidamente por minha morada, sei que nada lhe atrairá. Não tenho muito oferecer, mas o que tenho é precioso. E o que tenho está guardado, apenas para os corações que o puderem ver.
Entre, mas antes terá de despir-se de tudo que trouxe consigo. Para entrar aqui dentro, poderá ser apenas o que você realmente é. Não se preocupe em esconder o que tem vergonha, também tenho meus defeitos. Aqui está o lado mais profundo de mim, e somente pode encontrar o valor disto quem está pronto para mostrar o lado mais profundo de si também. Deixe À porta suas vergonhas, medos, conceitos e preconceitos.
Talvez seja sua última visita, ou talvez a primeira de muitas. Sabe, muitos passarão por aqui. Mas somente aqueles que foram capazes de ver o essencial, voltarão.

Awen

O CAMINHO MÁGICO:


Viver a magia não é só querer, mas sentir, estar sempre em harmonia com a natureza.
Nós temos que sobretudo aprender a nos amar e nos respeitar para sermos amados e respeitados pelos outros.
Quem costuma trabalhar o amor incondicional, está propenso a evoluir ao encontro com a luz.
Não somos nós quem escolhemos seguir 'As Artes' e sim os Deuses que dizem: 'Esse(a) é nosso(a) filho(a).
Todos já nascemos 'bruxo(a)s', mas só alguns têm a coragem e a crença para levar seu caminho adiante.

Cristina

quinta-feira, 1 de maio de 2008

ORAÇÃO AO ANJO DA GUARDA:




Sinal da cruz.

"Deus seja louvado por todos os séculos dos séculos. Assim seja. Aleluia! Aleluia! Aleluia! Deus confiou as almas aos Santos Anjos, para que as guiassem e as conduzissem pela estrada da salvação. Anjo de Deus que possuís poder, graça, virtude e caridade, executor do que ordena o Pai Celeste, Salve! Salve! Aleluia! Aleluia! Aleluia! Meu puro Anjo da Guarda, que sois meu defensor, pela misericórdia divina, protegei-me, orientai-me, acompanhai-me em meus passos pelos caminhos da vida. Acendei em meu coração a chama da caridade e do amor aos meus semelhantes, irmão em Jesus Cristo. Dai-me fé inquebrantável na Justiça e na Sabedoria de Deus. Tenho confiança em vós, tenho a esperança de que sempre me consolareis em minhas aflições, que me socorrereis em minhas dificuldades, que me ajudareis a vencer as tentações e estareis ao meu lado, na hora de minha morte, sendo meu advogado perante o Juízo Supremo. Disse o Senhor meu Deus: 'Enviareis meu anjo, diante de tua face, para aguardar-te no caminho e levar-te ao lugar que te tenho preparado'."

COSMOLOGIA XAMÂNICA:





No xamanismo sempre saúdo o Mundo Subterrâneo, o Mundo Intermediário, o Mundo Superior. Os xamãs são os viajantes capazes de atravessar essas Zonas Cósmicas, de uma para a outra.

VIAGEM NAS TRÊS DIMENSÕES DA CONSCIÊNCIA

Cosmologia é a opinião da estrutura do universo e do sistema que compõem as palavras da criação, é visão da natureza do universo. Este tipo de simbolismo no xamanismo, de uma forma geral, mostra a conexão de três mundos que pode variar segundo as diferentes tradições.

Interessante notar que para obter um processo de transcendência para muitas religiões, pressupõe passar por uma trindade sagrada, que possuem um eixo central, ou se unificam num só.

Segundo Pitágoras o três reina em toda parte, e a Mônada é o seu princípio”.Corpo, Alma e Espírito é a classificação básica do ser humano. No próprio corpo físico temos cabeça, tronco e membros. Segundo a teosofia (Blawatsky), existem três representações distintas do Universo programadas em nossa mente: o pré-existente (evoluído de) o sempre-existente; e o fenomênico – o mundo de ilusão, o reflexo e sua sombra. Segundo muitas concepções religiões há o Deus Uno , o Logos, onde tudo procede, desdobra-se, em seguida, numa Sagrada Trindade.: Espírito – Consciência – Matéria, ou Pai Divino – Filho Divino – Mãe Divina.

Na antiguidade, os deuses era agrupados em três, se estendendo no Egito, na Grécia, e em Roma nos séculos antes, durante e depois de Cristo. E após a morte dos apóstolos, também no cristianismo.

No Cristianismo, alude-se a Pai, Filho e Espírito Santo e também Jesus, Maria e José. No Hinduísmo, Shiva (o Destruidor ou Regenerador), Vishnu (o Conservador) e Brahma (o Criador) ou, Agni, Surya e Vayu. No Egito: Osíris - o Pai Solar, Ísis - a Deusa Mãe Lunar e Hórus, o Filho e, também Amon-Rá, Ramsés II e Mut . Na Babilônia : Anú, Hea e Bel . Na Cabala as três supremas Sephiroth (ou Emanações) da Árvore da Vida: Kether (Coroa ou Poder), Chokmah (Sabedoria) e Binah (Inteligência, Compreensão ou Entendimento).No xintoísmo o grande Kami-natureza é de certa forma o CAOS, o ABSOLUTO, a fonte e origem de tudo, ou o Não-Ser, o princípio fundamental. Deles saiu os Kami, que são a "via", a luz, e o ser humano.O ser humano é dotado com a capacidade de incorporar o grande Kami-natureza e atingir a "via", então essas 3 entidades, o ser Humano, a "via" e o Absoluto tornam-se um só..

Jorge Adoum, o Mago de Jefa, ensinava que o Homem Deus é a trindade manifestada no corpo. Em seu livro " As Chaves do Reino " colocou que por todos os centros magnéticos do Homem fluem tres energias : Eletricidade, Fogo Serpentino e Energia da Vida. Eliphas Lévi dizia: " Há tres Mundos inteligíveis, que se correspondem uns aos outros. O Mundo Natural ou Físico, o Mundo Espiritual ou Metafísico, e o Mundo Divino.

Entretanto, a idéia central é a mesma. É composta de três mundos e de uma linha central, onde há um portal, ou abertura. É por essa abertura que, no xamanismo, a alma em êxtase, pode voar para cima ou para baixo durante suas viagens.


Segundo Mircea Eliade, a técnica xamânica, por excelência, consiste em passar de uma região cósmica para a outra : da Terra ao Céu, ou da Terra aos Infernos. Essa comunicação é possível porque as três regiões são unidas entre sí por um eixo central. Esse eixo passa por uma abertura onde os mortos baixam às regiões subterrâneas e, por onde os Deuses descem a Terra, e, também, a alma do xamã em êxtase pode subir ou baixar durante sua viagem ao Céu ou aos Infernos.

Este eixo central ou Centro representa o Espaço Sagrado

Segundo diversas crenças xamânicas, existem aberturas para viajar no mundo espiritual, geralmente as entradas são em formas circulares. Essas aberturas, rodas, túneis, buracos ou cavernas também existem dentro de nós mesmos. Através de desenhos em paredes de cavernas, estátuas, pinturas, os xamãs de diversos povos retratam o mundo espiritual dentro de nós. O exemplo são os chakras.Os centros de energia humanos estão localizados ao longo da linha da espinha, que acumula fina luz de energia, de cuja aura é composta.

No xamanismo sempre saúdo o Mundo Subterrâneo, o Mundo Intermediário, o Mundo Superior. Os xamãs são os viajantes capazes de atravessar essas Zonas Cósmicas, de uma para a outra. A viagem que me refiro é o vôo da alma, que é conseguida através do transe. Nessas viagens os xamãs recuperam almas perdidas, buscam poder e conhecimento, encontram-se com espíritos, etc.

Nas minhas jornadas inicio relaxando meu corpo físico e me desprendendo dele, com a visualização do local de poder . Um espaço sagrado da nossa mente. Lugar de repouso e tranqüilidade. Com meus olhos internos vejo meu corpo mental passeando pelo local de poder até encontrar um lugar para repousar.

Aos poucos vou visualizando e sentindo que meu corpo espiritual vai de desprendendo do meu corpo mental e assim vai caminhando pelo local até encontrar uma abertura na terra.Entro por essa abertura que dá num túnel até a entrada de um outro mundo. Um mundo paralelo. A partir desse mundo, posso ir para onde quiser. Nesse mundo estão os animais de poder, por exemplo.

Os Kahunas, xamãs havaianos, tratavam a mente consciente como Uhane = Eu Médio, a mente subconsciente de Unihipili = Eu Básico,e, Aumakua = Eu Superior. Max Fredon Long, em suas cartas aos estudantes da filosofia Huna, afirmava que quando os três estão em harmonia e trabalham juntos, podem operar verdadeiros milagres. Explicou aos seus alunos que o "Eu Médio" é o que reconhece a sua própria existência, é a razão e a habilidade de raciocínio. O "Eu Básico" é sujeito a sugestão, é o subconsciente, controla as funções do corpo. O "Eu Superior" é o superconsciente, o próprio Anjo da Guarda, é onde se expressa toda a qualidade divina.

Um outro princípio xamânico para as Zonas Cósmicas é a "*Arvore da Vida*", onde nos troncos se encontra o Mundo Intermediário, e se relaciona com a realidade ordinária. Nas raízes o Mundo Subterrâneo, o local dos ancestrais, onde nos ligamos aos arquétipos. Nos ramos, o Mundo Superior, que é o lugar da inspiração, da União com a Divindade

Para os incas o Mundo Intermediário era representado pelo Puma, que simboliza a Terra. É. É a força e poder. É o mundo que vivemos.O Mundo Subterrâneo é representado pela Serpente, da onde parte a energia. E, o Mundo do Alto, o Mundo Celestial, é representado pelo Condor.

MUNDO INFERIOR OU SUBTERRÂNEO

Neste mundo conectamo-nos com os espíritos das plantas, dos animais, dos minerais, e espíritos humanos. É aonde reside os mistérios da Mãe-Terra. Nesta viagem podemos aprender sobre a utilização de ervas medicinais, o uso de cristais e sobre o talento dos animais.

Também encontramos com a nossa sombra. A parte mais obscura do nosso ser. Também estão nossos instintos. É o mundo dos símbolos, dos arquétipos.


MUNDO INTERMEDIÁRIO

Onde é possível viajar no passado e no futuro. Respostas para diversas questões da realidade ordinária podem ser obtidas nessa Zona.

MUNDO SUPERIOR

É onde conectamo-nos com os mestres é o local da inspiração, da criatividade, da liberdade. Onde nos conectamos com nossos guias e mentores espirituais.

Para o xamã não existe uma preferência de zonas, pois todas elas tem sua importância no Universo.Eliade também descreve a Montanha Cósmica, que faz positivamente a relação entre a Terra é o Céu, assim como o Pilar do Mundo.A idéia da Montanha Cósmica era familiar para os povos primitivos da Sibéria e também em outras culturas.

A montanha cósmica é uma outra imagem mítica do centro do mundo. Narra uma lenda siberiana que o primeiro shaman, Bai Ulgan, está assentado no alto da montanha. A montanha cósmica faz a conexão entre a terra e o céu. Os buriatas dizem que a Estrela Polar está presa a seu topo. Os deuses agarraram esta montanha cósmica e agitaram o oceano primordial, dando o nascimento ao universo. Um futuro xamã pode escalar a montanha cósmica durante sua iniciação. Ascender à montanha significa sempre uma viagem ao mundo central.

No Egito, na Índia, tribos norte-americanas, China, Grécia, e outras também. Por exemplo; o Monte Olimpo para os gregos; o Monte Meru para os hindus, Machu Pichu para os peruanos, o Monte Fuji, para os japoneses; o Monte Shasta, para os norte-americanos. O seu significado é semelhante ao da Arvore Cósmica, o centro do mundo, e foi apresentado de muitas maneiras.