terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O HISTÓRICO DE CAMARAGIBE:



D. João III, rei de Portugal, depois de ter dividido o Brasil em capitanias (1530), resolveu iniciar a produção de açúcar na capitania de Pernambuco.Para isso doou, em 1542 três porções de terras de sesmarias, onde seria cultivada a cana de açúcar e instalados os primeiros engenhos. Uma dessas sesmarias, localizada à margem esquerda do rio Capibaribe, foi doada a Pedro Alves Madeira e Diogo Fernandes, que lhe deram o nome de Camaragibe por causa dos índios camarás que habitavam a região. Estes primeiros donos de Camaragibe tiveram muitos problemas com os índigenas que, por várias vezes incendiaram os canaviais, não podendo por isso, cumprir os prazos estipulados para a fabricação do açúcar. Em vista disso, Jorge de Albuquerque, que governava na época, resolveu em 1553, encaminhar à coroa uma proposta de Bento Dias, rico morador de Olinda, de ficar com a posse da terra e pôr em andamento o projeto inicial. Atendendo a este pedido, D. Sebastião, novo rei de Portugal, resolveu em 1557, dividir a propriedade, ficando a quarta parte que já estava plantada, com o próprio Diogo Fernandes que adotara o nome de Camaragibe, e ¾ partes com Bento Dias. Diogo Fernandes e Bento Dias fizeram uma sociedade e em pouco tempo construíram um engenho, a que deram o nome de Santiago de Camaragibe e iniciaram a produção de açúcar. Este engenho veio a se tornar o principal engenho da capitania, mas só foi registrado oficialmente em 1572.Sendo ambos Cristãos Novos (judeus mal convertidos) haviam construído uma Sinagoga, no local, bastante frequentada por outros judeus da região e, nas grandes solenidades, também, pelos de Olinda.

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